quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

DEFESA NACIONAL (VI) - A INTELIGÊNCIA MILITAR

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De:



[ MI6 - SECRET INTELLIGENCE SERVICE - MI6 – 1 ]



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De:



Inteligência Militar (sigla abreviada MI;
Comunidade, ou Intel; ou J2 nos ESTADOS UNIDOS.), é a disciplina militar que suporta o processo de tomada de decisão dos comandantes fornecendo a análise fundamentada dos dados disponíveis de uma larga escala de fontes.
Para fornecer a análise fundamentada em tempo real e oportuno às exigências de informação do comandante é necessário que todo o processo seja integrado num procedimento de comando, controlo e coordenação eficiente e eficaz, e caracteriza-se (resumidamente) pelas seguintes etapas principais: _ Pesquisa, Análise, Processamento e Disseminação da Informação.

O objectivo do Estudo das Informações recai sobre o ambiente operacional, as forças hostis, as forças amigas e neutrais e a população civil numa área de operações (tempo de guerra) e numa área de interesse mais larga (tempo de paz).

As actividades da inteligência são conduzidas em todos os níveis, do nível táctico ao estratégico, durante o tempo de paz, na transição para a guerra e durante o conflito (guerra).

A maioria dos militares mantém uma potencialidade de integração na inteligência militar para fornecer o pessoal necessário ao seu funcionamento operacional, com incidência na Pesquisa de Notícias.
A Análise das informações (notícias) bem como o Processamento do produto final do processo (Informações), assim como a sua Disseminação às unidades e aos órgãos militares e civis envolvidos no processo de Tomada de Decisão (nível táctico, operacional ou estratégico) cabe a especialistas formados e treinados em inteligência; as operações envolvidas são designadas por Operações HUMINT (human intelligence).

A inteligência deve responder às necessidades do comandante, baseadas nos planos operações e na “intenção do comandante”.
O objectivo militar fornece um foco para o processo da estimativa (esforço de pesquisa), de que um número de exigências de informação são derivadas; exigências de informação podem ser relacionadas com o terreno e o seu impacto no movimento dos veículos ou do pessoal, a disposição das forças hostis, os sentimentos da população local e as potencialidades do inimigo (ordem de batalha).

Em resposta às exigências de informação a equipe de militares da Análise processa a informação existente que identifica falhas no conhecimento disponível.
De acordo com o levantamento das falhas de informação, a Equipa de Análise solicita os recursos das Equipas de Pesquisa identificando a orientação do esforço de pesquisa, conseguindo, dessa forma, colmatar as exigências levantadas.

Os relatórios das Equipas de Análise são usados para informar todas as equipas de planeamento das operações (a todos os níveis), influenciando o desenrolar desse planeamento e procurando predizer a intenção do inimigo.

As informações, tal como as “chaves encriptadas” para as comunicações, o tráfego de mensagens diplomáticas, a política e as ordens secretas relativas à conduta das operações de guerra, são restringidas geralmente aos analistas com o critério da “Necessidade de Saber”, a fim proteger as fontes e os métodos da análise do tráfego de notícias e informações.

A Inteligência Estratégica é concebida para uma dimensão militar que produz estudos em áreas tais como a economia, avaliações políticas, potencialidades militares e intenções de nações estrangeiras (e, cada vez mais, os actores das ONG).
Tal inteligência pode ser científica, técnica, táctica, ou diplomática, e a análise do material disponível é feita em combinação com factos conhecidos sobre o tema da questão envolvida, como sendo a geografia, a demografia, as capacidades industriais, etc. .

A abreviatura MI é usada no Serviço de Segurança (MI5) e no Serviço de inteligência Secreto (MI6), reflectindo um nome histórico dos anos da década de 1920 em que eram um elemento da Directoria da Inteligência Militar.


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De:


Edição de Terça-feira do Alerta Total
Por Jorge Serrão

Membros do grupo separatista basco ETA - cujos integrantes falam em “adeus às armas”, “cessar-fogo” e “paz” na Espanha - foram os treinadores e coordenadores das acções de guerrilha urbana, com evidentes motivações políticas, que amedrontaram e paralisaram ontem a Grande São Paulo e o ABC.
A informação, confidencial, é dos serviços de inteligência das forças armadas, que monitorizam a acção de grupos estrangeiros infiltrados nas chamadas organizações criminosas no Brasil.
Os terroristas bascos também actuaram, nos bastidores, da invasão da Aracruz Celulose pela Via Campesina, o movimento de acção urbana do MST (Movimento dos Sem Terra).
A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) produziu um relatório reservado, dois anos atrás, advertindo à Presidência da República, ao Senado e a alguns governadores que não só os bascos do ETA, mas também terroristas do Oriente Médio, estariam dando treino em acções de terrorismo e guerrilha urbana a criminosos no eixo Rio-São Paulo.
O gesto do crime organizado, parando a região metropolitana de São Paulo e afrontando as indefesas autoridades de segurança, ontem, foi apenas o primeiro ensaio, bem sucedido, dos marginais que agem em nome de uma suposta “ideologia revolucionária” que prega “Justiça e Paz”.Especialistas em estratégia militar ouvidos pelo Alerta Total asseguram que o tão propalado Primeiro Comando da Capital (ou Partido do Crime – como é denominado o marketeiro PCC) jamais teria condições técnicas, estratégia logística e treino para realizar acções típicas de guerrilha urbana, como as de ontem.
Segundo os mesmos especialistas, é muita ingenuidade intelectual supor que o famoso bandido Marcola, usando apenas um telefone celular, de dentro de um presídio supostamente de “segurança máxima”, teria condições reais de comandar uma onda de pelo menos 180 ataques relâmpago, 13 dos quais contra bancos, atingidos por bombas de fabricação caseira, desde a madrugada de sexta-feira passada.Os terroristas contaram com a ajuda de um agente de influência poderoso e que amplificou o pânico e os boatos: a grande média, cujos editores agiram de forma inconsciente e inconsequente, permitindo que a sensação de insegurança constatada pela TV levasse a população a promover um toque de recolher informal, a partir do meio da tarde.
A acção espectacular dos média permitiu que a onda de boatos se amplificasse.
A imprensa pecou por divulgar “informes” espalhados por terroristas no Orkut. Foi uma réplica do terrorismo via Internet, tão em moda na Europa e Oriente Médio.A tendência é de retorno à normalidade, porque o crime organizado já atingiu seus objetivos. O teste foi vencido. A cidadania foi a grande derrotada.
E a democracia, que é a segurança do Direito, foi violentada, mais uma vez.
A repercussão da acção criminosa de guerrilha urbana foi internacional. Sites de alguns dos principais jornais do mundo destacaram os acontecimentos em São Paulo.
Nos EUA, a página do New York Times mostrava uma foto em que policiais militares inspeccionando caminhões em busca de integrantes do PCC e informava que a cidade vivia o quarto dia de violência. Na Grã-Bretanha, o site do Financial Times chamava a atenção para o fato de o presidente Lula ter convocado uma reunião de ministros no quarto dia de ataques do crime organizado a São Paulo, “para cobrar uma ação contra o crime organizado e a falta de segurança pública".
Na França, o Le Monde, na Espanha, o El Pais, e na Argentina, o Clarín, informavam o número de ataques, de mortos e de feridos, justificando os atentados como uma retaliação à transferência de líderes de quadrilhas – o que não era verdadeiro: a motivação era puramente política.


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De:
Satélites são poderosas ferramentas de estratégia militar



As imagens captadas por satélites são informações estratégicas preciosas, que se tornam cada vez mais imprescindíveis nas operações de defesa internacionais, bem como nas decisões tácticas da guerra moderna.
É tal a dependência, que esses artefactos passaram a ser conhecidos como os olhos e ouvidos da inteligência militar.
Se já é grande a capacidade de resolução dos satélites comerciais, que observam o dia-a-dia das cidades, o rastreamento efectuado por um satélite militar de uso exclusivo do Pentágono (o ministério da Defesa norte-americano), pode atingir impressionante visualização, fornecendo localizações geográficas para mísseis e bombas e dando suporte a todas as acções militares.
Sem os satélites, seria impossível manter conectadas todas as forças bélicas. Aviões, submarinos, navios e tanques só se comunicam porque os satélites funcionam como antenas, captando e retransmitindo informações traduzidas por impulsos eléctricos.
Esses verdadeiros espiões electrónicos são lançados ao espaço por foguetes e milhares estão em órbita no espaço, mas não há estatísticas oficiais.
Há veículos de várias nacionalidades, russos, israelitas, chineses, franceses, até brasileiros. A maior parte, entretanto, é norte-americana. Desde o lançamento do Corona, primeiro satélite de reconhecimento usado pela CIA, em 1958, foi impressionante o desenvolvimento científico e tecnológico da área.

A caçada a Osama Bin Laden e seus seguidores da Al Qaeda, no Afeganistão, foi feita por uma constelação de satélites militares e comerciais.
Assim como o acompanhamento das tropas das forças de países que apoiavam os Taliban, como o Iraque, o Irão e o Paquistão, foram monitorizadas pela inteligência militar dos EUA por meio de satélites de espionagem.
Apesar de seus próprios satélites serem capazes de obter imagens muito precisas, o Departamento de Defesa norte-americano, adquiriu direitos exclusivos de imagens feitas por satélites comerciais do território do Afeganistão.
O objectivo era obter uma visão completa do território afegão e impedir que qualquer outro país ou veículo de imprensa, tivesse acesso às imagens da zona de conflito. Segundo a Agência Estado, foi firmado um contrato com a empresa Space Imaging Inc., com sede em Denver, da ordem de milhões de dólares, para o fornecimento de imagens feitas pelo satélite comercial Ikonos, contratado com exclusividade.
Um executivo da empresa afirmou que os EUA pagaram não apenas pelos direitos exclusivos, mas pelo tempo que o satélite esteve sobre a área de conflito, o que impede que qualquer pessoa possa ter acesso a essas fotos.
As melhores imagens feitas pelo satélite Ikonos têm precisão de um metro, o que significa que se pode distinguir objectos com essa dimensão máxima. O satélite opera a 680km de altura e dá uma volta ao redor da Terra em 98 minutos.
Com tanta tecnologia, estariam contados os dias de Bin Laden?
Não, respondem unanimemente os especialistas, citando o ocorrido na Guerra do Golfo quando Saddam Hussein sempre escapou dos olhos electrónicos.
"Do espaço, tem-se uma visão vertical.
Os satélites vêem principalmente o topo da cabeça de alguém. Identificar uma pessoa do alto não é possível", explica Steven Aftergood, da Federação de Cientistas Americanos (FAS).

Segundo informações divulgadas pela Comissão do Parlamento Europeu de Estrasburgo - criada para investigar a extensão da espionagem industrial e comercial norte-americana sobre seus aliados da União Europeia - a chamada rede Echelon, disponível aos estrategistas militares americanos, é um conjunto de satélites capazes de registar pequenos detalhes em terra.
O projecto Echelon, considerado a maior e mais sofisticada de todas as operações de espionagem, é um sistema de vigilância global que utiliza uma combinação de 120 satélites e sensíveis estações de escuta, que captam e analisam conversas e comunicações electrónicas que cruzam o mundo - telefonemas, fax, telex, correio electrónico - além de sinais de rádio.
Ela inicialmente foi implantada para recolher o máximo de informações sobre a União Soviética e seus aliados.
Com a queda do bloco soviético pensou-se que o Echelon seria paralisado ou desactivado, mas o sistema não só não foi desactivado como, pelo contrário, cresceu e refinou-se.
Administrado pela super secreta NSA (National Security Agency) dos EUA e operado com a colaboração de agências similares da Inglaterra (GCHQ - Government Communications Headquarters), Austrália, Canadá, e Nova Zelândia, ele é capaz de processar, diariamente, até 2 bilhões de dados, filtrando-os por meio de um sistema de inteligência artificial.
O relatório dessa Comissão menciona ainda que, graças ao sofisticado sistema de interceptação de informações, empresas dos Estados Unidos ganharam super contratos que disputavam com grupos franceses.
Um deles foi o do Sistema de Vigilância da Amazónia (Sivam), que causou tanta polémica no Brasil e acabou favorecendo a empresa Raytheon na concorrência com a Thomson francesa.
A Raytheon, que ganhou o contrato para instalar as bases do Sivam no valor de US$ 1,4 bilhão, é quem faz a montagem e manutenção de todas as bases da NSA e do Echelon no mundo.
A Raytheon Company é especialista no desenvolvimento dos chamados "Sistemas Electrónicos de Defesa", tendo sido a primeira empresa a desenvolver os sistemas de mísseis teleguiados, com capacidade para atingir alvos em movimento, em 1948.
Foi ela também que desenvolveu o sistema computacional do veículo espacial, que levou os astronautas, Neil Armstrong e Edwin Aldrin, a dar o primeiro passeio na Lua em sua histórica jornada.
Um dos seus principais produtos, resultante de nove anos de pesquisas contratadas pelo governo americano, foram os mísseis de defesa Patriots (PAC-1/2), que fizeram sucesso na Guerra do Golfo em 1991 ao interceptar e destruir os mísseis "Scud" usados pelo Iraque. Uma das suas principais colaboradoras é a empresa Space Imaging do satélite Ikonos.

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COMENTÁRIO:


” Quem, O Quê, Quando, Onde, Como “ (…), são “palavrinhas” de fácil memorização para que um bom Soldado comunique os seus relatos de visionamento de jogos e animações (de guerra ou não) de variadas formas, feitios e origens que lhe são permitidos observar.

Mas também é curioso constatar que o campo de aplicação daquele refrão tem amplitudes inesperadas e estende-se a zonas do “terreno” onde normalmente opera a nossa logística, situação que a muitos aborrece e provoca desalentos da alma.

(sendo que tal é uma parvoíce técnica e, ainda por cima, encerra o mérito de provocar constrangimentos biunívocos desnecessários)

Enfim, uma grande parvoíce.


(…)


Parece ser calmo e pacífico admitir que a problemática da Inteligência (militar ou não) é uma matéria estrutural no Estado e tem uma Natureza Institucional; portanto, não é uma Disciplina com responsabilidades passíveis de repartição com outros sectores da sociedade e dos negócios do Estado, como sendo (por exemplo) as ONG(s) instaladas à mesa do Reino (do nosso Deus).

Quanto à definição técnica de “Organização Não Governamental” (ONG) eu reservo-me o direito de omitir (ou contornar) uma definição rigorosa, mas, com imaginação, qualquer pessoa interessada chega a esse entendimento.

Ou seja, parecem ser todos aqueles negócios que não trazem lucro ao Estado e não lhe dizem qualquer espécie de respeito.


Sobram, então, as “Organizações Governamentais” (OG) para tal fim, efeito e feitio.

E atendendo à Natureza do “Negócio” levanta-se (aqui) uma outra problemática, com a denominação técnica de “NECESSIDADE DE SABER”.

Porque constata-se que muitos de nós não devem saber muitas coisas, ou coisas a mais do que aquelas que devem saber; e claro que não é preconceito, má vontade, elitismo ou, até, mau feitio das pessoas (sejam elas quem forem).

A questão é, normalmente, classificada como Crítica no que respeita à Segurança do Estado.

(embora em diferentes níveis, necessariamente, e é exactamente por isso que estão previstos diferentes graus de “Necessidade de Saber”)


Esta questão, como tudo o que gravita nesta esfera do poder, tem tudo a ver com a problemática da Ética, mas é importante haver uma noção exacta e rigorosa da Definição Técnica deste tipo de conceitos.


A expressão (quase bacoca numa perspectiva não militar) de que a “Segurança Não Ocupa Postos” tem toda a razão de ser na observação da fisiologia de uma qualquer Inteligência de qualquer país do mundo (independentemente da sua cor, forma ou feitio).


A “colocação” de toda esta dinâmica num Escaparate Comercial é de tal forma uma empresa ridícula que tal pressuposto assume a dimensão de um entendimento que escapa à compreensão racional, cordata e cognitiva de qualquer cidadão mais e melhor informado. Tal é, pura e simplesmente, um absurdo.


No entanto, como em tudo na vida, há as suas excepções de amplitude suficientemente limitada.

Em campanha e em tempo de paz é corrente a “via diplomática” e os “órgãos de comunicação social” fazerem a sua parte no Esforço de Inteligência da Nação quando para tal for definida uma necessidade específica de esforço de pesquisa.

Mas deve entender-se um Esforço de Pesquisa de Notícias que obedece a uma matriz pré-determinada, um plano de pesquisa pré-concebido; e este trabalho HUMINT também tem uma amplitude institucional porque o destino do trabalho feito deverão ser os Órgãos Próprios e Orgânicos da Inteligência do Estado; portanto, não há qualquer espécie de delegação de funções e, muito menos, de repartição de responsabilidades e do poder, porque o Interesse Estratégico envolvido tem uma dimensão estrutural no seio do Estado/Nação.



Para finalizar este pequeno texto, um apontamento relativo à Ética Institucional da Inteligência.

A organização política do Estado (?) levanta normalmente os seus problemas de acuidade visual no que respeita ao ângulo de visão deste tipo de matérias, podendo com um “pequeno evento de declinação política” conspurcar todo um trabalho neutro e tecnicamente ausente de qualquer leitura político-partidária.

Sendo a Inteligência Militar um trabalho profissional de natureza e amplitude “nacionalista” vincada tornar-se-ia desnecessário realçar (mais uma vez) a sua amplitude “não política” enquanto esforço desenvolvido em prol do “bem estar da Nação”, e deverá entender-se aquele adjectivo qualificativo numa abrangência de entendimento de uma política não ideológica e muito menos partidária.




(etc. ………)





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(end of the item)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DEFESA NACIONAL [V] - TECNOLOGIAS JAMMING

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De:




Jamming pode significar:


_ Interferir com as comunicações ou vigilância:

+ Interferência de rádio;

+ Radar empastelamento e decepção;

+ Jammer do telefone móvel;

+ E-mail jamming;


_ jamming (dança), Show animação-off durante dança social;

_ Jamming fanzine (), Um fanzine de música britânica dos anos 1970-80s;

_ Jamming Física (), Uma aparente mudança de estado físico;

_ Jamming (canção), Do álbum de Bob Marley Êxodo;

_ Jamming Cultura, Criticando os media de massa através dos seus próprios métodos;

_ Jam session, Um semi-improvisado desempenho de rock ou jazz;

_ Uma pedra em escalada técnica;



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De:





Define-se guerra electrónica como o conjunto de acções que:

_ utilizam a energia electromagnética para destruir, neutralizar ou reduzir a capacidade de combate do oponente;

_ procuram tirar proveito do uso do espectro electromagnético pelo oponente; e

_ visam assegurar o emprego eficiente das emissões electromagnéticas próprias.


A guerra electrónica pode ser dividida, de acordo com seus objectivos, em três grandes grupos:

_ Medidas de Apoio de Guerra Electrónica (MAGE),

_ Medidas de Ataque Electrónico (MAE) e

_ Medidas de Protecção Electrónica (MPE).


As Medidas de Apoio de Guerra Electrónica objectivam a obtenção de dados e informações a partir das emissões electromagnéticas de interesse utilizadas pelo oponente.

As Medidas de Ataque Electrónico envolvem as acções para impedir ou reduzir o uso efectivo do espectro electromagnético pelo oponente, bem como destruir, neutralizar ou degradar a sua capacidade de combate usando energia electromagnética ou armamento que empregue a emissão intencional do alvo para o seu guiamento.

As Medidas de Protecção Electrónica procuram assegurar o uso efectivo (activo e passivo) do espectro electromagnético pelas Forças amigas, a despeito de formas de interferências não intencionais e das acções de GE empreendidas pelo oponente.


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De:



Guerra electrónica, elemento vital de apoio às operações de combate

CFR-Domingos Pacavira



Esta publicação não visa de modo algum esgotar na sua totalidade, o tão vasto e aliciante tema que dá pelo nome de Guerra Electrónica.
Tem apenas como objectivo, a consciencialização de alguns e a actualização de outros para o fenómeno da evolução tecnológica na utilização do espectro electromagnético no campo militar.
Se bem que no passado o conhecimento e a operação da Guerra Electrónica foi uma prerrogativa misteriosa de alguns especialistas, hoje em dia qualquer membro de uma tripulação tem por obrigação, estar consciente do que é a Guerra Electrónica e saber tirar dela o melhor partido.
Na verdade, a utilização do equipamento electrónico na guerra tem vindo a expandir-se e inclui já todos os níveis e áreas de combate.
Não se sabe ao certo quando a Guerra Electrónica teria tido o seu início. Sabe-se, no entanto, que já em Maio de 1916, a Marinha Inglesa utilizou equipamentos de rádio para a detecção das ondas electromagnéticas inimigas.
Mais tarde, no início da 2ª Guerra Mundial, as operações de Guerra Electrónica eram referidas como a "Batalha das Ondas Electromagnéticas ( The Battle of the Beacons )".
Sir Winston Churchil foi dos primeiros líderes da 2ª Guerra Mundial a reconhecer que a Guerra Electrónica era vital para as operações militares. E frisou claramente que seria a habilidade e capacidade dos cientistas que iria desempenhar um papel decisivo no desfecho da 2ª Guerra Mundial.
Com o aparecimento constante de novas armas, os Comandantes passam a depender, para o sucesso de uma operação, do equipamento electrónico disponível. Assim, a Guerra Electrónica tornou-se uma das considerações mais importantes a ter em conta na estratégia defensiva ou ofensiva.
A Guerra Electrónica (Jamming) poderá ser definida como toda a acção militar que utiliza meios electrónicos para neutralizar os sistemas de comando e controlo inimigos, actuando sobre as suas comunicações e sistemas electrónicos, enquanto assegura a integridade dos nossos próprios sistemas electrónicos.

Da análise desta definição se infere que a Guerra Electrónica tem uma área de actuação vasta, onde se situam três importantes objectivos, correspondentes às suas três grandes divisões que são:

a. Medidas de Apoio de Guerra Electrónica ( MAGE ): são acções destinadas à busca, intercepção, identificação e/ou localização das fontes de emissão de energia electromagnética, com o fim de reconhecer no mais breve espaço de tempo uma ameaça.

b. Contra-medidas Electrónicas ( “CME” ): Incluem as acções destinadas a impedir ou reduzir o uso eficaz do espectro electromagnético pelo inimigo.

c. Medidas de Protecção Electrónica (MPE): São acções tomadas para assegurar o uso eficaz do espectro electromagnético pelas forças amigas, apesar da utilização inimiga da Guerra Electrónica.
Verifica-se, assim, que as CME constituem um aspecto ofensivo da Guerra Electrónica e as MPE um aspecto defensivo e as MAGE uma fonte de informação básica, necessária à actividade das outras duas.
O homem com a sua capacidade e poder de decisão é factor vital na Guerra Electrónica. Só assim se compreende que os mísseis terra-terra que tanto êxito tiveram contra as vedetas paquistanesas na guerra indo-paquistanesa, não tivessem conseguido afundar uma só vedeta israelita na guerra do Yon Kippur (entre Israelitas e Árabes).
É que, na verdade, os homens que manobravam os equipamentos nas duas situações tinham graus de proficiência diferentes.
Em resumo, as medidas de Guerra Electrónica, têm que ser uma combinação perfeita dos equipamentos e das capacidades para os actuar.
Por isso mesmo, o profissional das Forças Armadas deve não só ter conhecimento exacto dos meios de Guerra Electrónica ao seu dispor, mas também, uma capacidade de imaginação realística e uma perspicácia e gosto pela acção que lhe permita prever.
Tal como a Guerra em geral, a Guerra Electrónica é uma arte e ciência que tem que se aprender a conhecer e dominar.
É possível, desde já, prever que o desenvolvimento futuro da Guerra Electrónica se venha a processar ao longo de 2 linhas; uma primeira conduzindo a métodos que permitam a combinação dos diferentes equipamentos de Guerra Electrónica numa única unidade (particularmente para fins de CME), e outra dirigida a uma cada vez maior sofisticação e especialização do equipamento para CME e MPE.
As duas linhas poderão ocasionalmente encontrar-se.

BIBLIOGRAFIA
PORTUGAL. Instituto de Altos Estudos da Força Aérea, "GUERRA ELECTRÓNICA" (INTRODUÇÃO). AEFA/E 320-5, FEV/80.

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De:

sexta-feira, 20 novembro 2009

Guerra electrónica: Então e se fosse mesmo a sério?


Consultor Independente Serviços de Segurança da Informação


Tenho lido alguns artigos, por aqui e por ali, que parecem insistir uma vez mais, no tema dos bits à chapada. Exemplos?
Numa primeira análise, é muito fácil pensar que nada disto é real, que nada disto é a sério. Que são campanhas que visam espalhar o medo e, com isso, arranjar novas formas de convencer os Governos, de convencer as empresas, a largar (mais) umas lecas — e o medo pode ser, como todos bem sabemos, muito eficaz nessa cruzada. E o resultado desse trabalho, se houver uma corrida às armas, pode ser bem complicado: Ever heard of self fulfilling prophecies?
Pois é...

(Faz-me lembrar aquela situação caricata, em que dois cães começam na brincadeira, na palhaçada, até que começam a desconfiar um do outro e, a partir desse momento, já fica o caldo entornado. Well, sort of)

Então e se fosse mesmo a sério?
Estaremos nós preparados, aqui nas terras da Lusitânia, para ficar sem sistemas, sem redes de comunicação? Conseguiríamos funcionar nesse cenário? E o que significa para a população, neste tempo em que vivemos, funcionar?

A primeira questão que me ocorre, assim caída do espaço, é a seguinte: O que é um ataque electrónico? Será uma inundação das redes de dados, ligadas à Internet, que nos impeçam de comunicar com o exterior? Será um fluxo de pacotes dirigidos a uma colecção específica de serviços? Será uma sabotagem interna, que provoque a paralisação dos postos de trabalho e servidores, de uma forma generalizada? Será um ataque sub-reptício à informação retida em bases de dados, que destrua a consistência e a integridade dos dados? Ou uma combinação disto tudo?...

E mesmo sem saber as respostas a estas perguntas, a questão que me ocorre a seguir é, provavelmente, a mais óbvia: Quem é a entidade responsável, em Portugal, por activar e coordenar os mecanismos de defesa, sejam eles quais forem, numa situação em que o País esteja a ser alvo de um ataque electrónico? Já alguém pensou nisto?

Deixando de lado estas questões, que têm um carácter pseudo-existencial, pensando agora em questões mais pragmáticas, parece-me que alguém, não sei quem, deve começar a pensar no seguinte: se houver uma paragem nas comunicações, uma paragem generalizada, ou se forem paralisados vários sistemas internos, públicos ou privados, de que forma é que são afectados:

_ O fornecimento de energia eléctrica, gás, água, e combustíveis? E notem que mesmo que o ataque não vá entupir as torneiras, nem os contadores dos postos de gasolina, pode afectar os sistemas de controlo e contabilização dos consumos. As empresas conseguem viver bem com isso? Durante quanto tempo? E depois? Vão parar o fornecimento?

_ As empresas financeiras, e as operações interbancárias, nacionais e internacionais? Conseguimos estar isolados das bolsas internacionais, durante quanto tempo? E se forem afectadas as estações de trabalho, ou os postos multibanco, ao longo de todo o País, por quanto tempo é que suportamos o caos interno?

_ Os transportes aéreos e terrestres? Se não for possível controlar os acessos, se não for possível contabilizar as passagens, tal como fazemos agora, como vamos fazer então? Ninguém passa? Passa como? E quem é que autoriza e paga a conta?

_ As telecomunicações? Conseguimos lidar com os telemóveis e os telefones em off? For how long?

Eepaah... Mas estas coisas são prováveis?
A verdade é que ninguém, se for minimamente honesto, consegue dizer se é (ou não é) provável um cenário deste calibre. Sobretudo, não consegue avaliar o risco. E porquê? Por várias razões, das quais destaco as seguintes:

Não existe uma entidade central que regule os requisitos de segurança necessários para cada classe de serviços;

Como primeiro corolário, não existem regras bem definidas que permitam identificar e realizar, em cada organização, os controlos mínimos necessários para evitar os desastres;

Como segundo corolário, também não podem ser realizadas, em abono da verdade, auditorias que possam avaliar, em face de regras que não existem, os controlos de segurança activos — podem ser feitas revisões e testes de segurança — podem, e devem ser feitas! — mas não são obrigatórias, nem constituem auditorias contras regras estabelecidas;

A tecnologia utilizada nos sistemas e aplicações reais, na sua esmagadora maioria, não é controlada por nós — é externa. E não temos qualquer controlo sobre o código nem sobre os componentes. Mais,

O leque de empresas que produz software e hardware é alargado e contam-se pelos dedos aquelas que têm alguma certificação de segurança, em relação aos produtos, ou aos processos de desenvolvimento. E nem sequer é um requisito na maior parte dos cadernos de encargo dos sistemas que são adquiridos; e

A tónica nos recursos atribuídos aos sistemas de informação tem sido posta, desde sempre, no desenvolvimento e (alguma) gestão de sistemas e aplicações de negócio; a componente da segurança tem vindo a ser mais considerada, mas não é claro que seja suficiente.

É evidente que não existe uma resposta do tipo 'chave-na-mão' para estas questões. Não existe, nem vai existir tão cedo. Mas é importante ter presente que não há uma avaliação clara do risco que corremos. Dada a natureza distribuída das redes e dos sistemas, o facto, é que não há uma forma simples de saber, portanto, ninguém sabe.

Mas para não fechar este artigo com um rol de perguntas sem resposta, para não ser um exercício completamente balofo, ficam algumas recomendações (sugestões) para quem for, seja quem for, pensar mais um bocado nesta matéria.
O País devia ter:

_ Um conjunto de regras mínimas de segurança comuns, a nível nacional, para os sistemas de informação. Regras contextualizadas para diferentes classes de actividade;

_ Uma entidade que regulasse e fiscalizasse os controlos de segurança que são realizados, no mínimo, num conjunto de serviços críticos para o País;

_ Sistemas e canais de comunicação alternativos — nacionais e internacionais — prioritários para as operações mais críticas, para fazer face a uma paralisação generalizada;

_ Capacidade para filtrar ou isolar as redes do País, em caso de necessidade extrema, para garantir que conseguimos funcionar internamente;

_ Capacidade para funcionar offline, se fosse necessário, num conjunto de serviços críticos para o funcionamento do País.

_ Segregar de forma clara, as componentes operacionais, as comunicações, e os elementos administrativos dos sistemas de informação;

_ Constituir um organismo especializado e com competência para investigação de ameaças informáticas, nacionais e internacionais;

_ Manter um sistema nacional de monitorização e alerta de segurança nacional; e

_ Planos de contingência para fazer face a eventuais ataques.

Podia continuar mais um bocado mas, parece-me, os pontos principais já estão vincados.
Não estão cá todos mas, novamente, estão alguns dos importantes. Por agora ficam as ideias.
E pode ser que alguém lhes pegue... Food for Thought.


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COMENTÁRIO:

“Jammar” é uma expressão antiga no meu vocabulário profissional, que se transformou numa espécie de anagrama nos actuais tempos mais modernos (ou pós-modernos, utilizando a linguagem corrente no nosso meio intelectual).

Lembro-me, a propósito, de uma visita à Escola de Artilharia Naval (localizada nas instalações da Escola Naval, no Alfeite) em Setembro de 1989, na qual um Oficial de Marinha fez um briefing brilhante alusivo a esta matéria, utilizando para o efeito “imagens reais” de materiais e equipamentos que equipavam o “NRP Corte Real”.

É óbvio que já conhecia os aspectos teóricos da matéria “Guerra Electrónica” mas foi a primeira vez que vi uma demonstração prática da sua “manipulação e emprego táctico” num cenário real de posto de comando.
É também óbvio que aquilo era apaixonante e a “rapaziada” ficou embevecida pela temática.

Alguns anos depois, perspectivando apenas o emprego táctico real da disciplina militar jamming (no Campo Militar de Santa Margarida), voltei a ter a oportunidade de lidar directamente com o emprego e manipulação de procedimentos militares de guerra electrónica.

Desta feita, o cenário era o de treino militar em operações executadas em ambiente de conflito real convencional, e os procedimentos empregues pelas unidades operacionais eram perfeitamente realísticos e próprios do seu emprego táctico em Teatro de Operações (simulação táctica de conflito convencional).

E eu senti-me bem no interior do “palco”, fui uma das figuras protagonistas em parte das “cenas de guerra electrónica” (encenadas com especial precisão de acontecimento táctico), e todos nós nos empenhámos a sério na arte de “Jammar” o espectro electromagnético do parceiro do outro lado do cenário da nossa “guerrinha”.
(gracejando com coisas sérias)

Lembro-me, em particular, de ser completamente impossível utilizar qualquer espécie de equipamento rádio (TSF) para transmitir o desenrolar dos acontecimentos tácticos (a partir do posto de Radar de Localização de Alvos Móveis) e accionar as medidas de comando e controlo convenientes; na circunstância, quase que aprendi a falar sérvio, bósnio ou croata (a linguagem utilizada no empastelamento rádio), e tive que inventar alguns expedientes práticos, como sendo (coisa simples), a utilização do meu “equipamento pessoal” telemóvel.
(aspecto ignorado no Apêndice de Guerra Electrónica do Plano Operações do Exercício)

E com aquela invenção (estupidamente) simples, eu (que trabalhava em Informações) e a minha unidade táctica safámo-nos “vitoriosos”, porque o expediente funcionou na perfeição e todo o dispositivo C3I foi accionado em condições convenientes de eficiência e eficácia.

(em ocasiões semelhantes e posteriores tal deixou de ser verdade, certamente pelo conhecimento da utilização bem sucedida do expediente, hoje um adereço indispensável à vida de qualquer cidadão precavido)

Portanto, a disciplina jamming sempre fez parte da minha vida pessoal e profissional e, de uma maneira geral, matéria importante a ter em conta para o desempenho profícuo da maioria das funções/tarefa de natureza militar.
(ou com preocupações de natureza militar, para ser mais exacto)


E para arrematar “esta conversa”, um resumo genérico em forma de flash para o conceito Jamming (Guerra Electrónica):

_ Por procedimentos de guerra electrónica devem entender-se as actividades e medidas (activas e passivas) que envolvam a protecção, a mistificação ou o empastelamento de espectros electromagnéticos.
_ A missão das unidades militares (em ambiente de campanha ou em exercício e simulação) que praticam e cumprem este tipo de procedimentos na sua função/tarefa orgânica consiste em proteger o espectro electromagnético amigo (ou das Nossas Tropas) e atacar o espectro electromagnético da força oponente (“inimigo”).


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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

DEFESA NACIONAL E AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) [Parte IV]

http://fjjeparreira.blogspot.com/






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De:



Sistema de comunicação militar muda após vazamento de informações


Comunicação de rádio nas buscas por Airbus será via canais fechados.Militares pretendem evitar que rádios amadores captem mensagens.

Carla Amorim Lyra Do G1, em Fernando de Noronha

As Forças Armadas decidiram, nesta quarta-feira, modificar as estratégias de comunicação em Fernando de Noronha (PE). A operação foi feita depois que jornalistas tiveram acesso a partes do diálogo entre tripulantes de um avião Hércules C-130 da Força Área Brasileira (FAB) com a torre, captados por radioamador.



A notícia com partes da conversa teve repercussão na imprensa nacional e internacional. Segundo autoridades das Forças Armadas, a medida foi tomada para evitar desvios durante o trabalho de resgate dos destroços do avião da Air France.
A partir desta quarta-feira a comunicação entre os envolvidos na operação de resgate será feita via satélite e em canais fechados de frequência sonora. Desde o fim da tarde de terça-feira a freqüência sonora do radioamador foi modificada para evitar novos vazamentos de informação.

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De:

Sistema de Informação (em inglês, Information System) é a expressão utilizada para descrever um sistema automatizado (que pode ser denominado como Sistema de Informação Computadorizado), ou mesmo manual, que abrange pessoas, máquinas, e/ou métodos organizados para colectar, processar, transmitir e disseminar dados que representam informação para o usuário e/ou cliente.

Além disso, o termo também é utilizado para descrever a área de conhecimento encarregada do estudo de Sistemas de Informação, Tecnologia da Informação e suas relações com as organizações. Neste contexto, esta disciplina é comummente classificada como uma Ciência Exacta.
A área de conhecimento Sistemas de Informação é uma subárea da Ciência da Computação.
Um terceiro uso para a expressão Sistemas de Informação refere-se a um curso de graduação cujo foco é o desenvolvimento e aplicação de Sistemas de Informação Computadorizados nas organizações. O conteúdo deste curso abrange aspectos técnicos, gerenciais e sociológicos, abrangendo, em linhas gerais, os conteúdos relevantes estudados na área de conhecimento Sistemas de Informação.

As concepções mais modernas de Sistemas de Informação contemplam também os Sistemas de telecomunicações e/ou equipamentos relacionados; sistemas ou subsistemas interconectados que utilizam equipamentos na aquisição, armazenamento, manipulação, gestão, movimento, no controlo, na exposição, na troca, no intercâmbio, na transmissão, ou na recepção da voz e/ou dos dados, e inclui o software e hardware utilizados. Em relação a esta última definição, é comum nos meios académicos a utilização do termo Tecnologias da Informação e Comunicação (ICT - Information and Communication Technologies).


Um Sistema de Informação pode ser então definido como todo sistema usado para prover informação (incluindo o seu processamento), qualquer que seja o uso feito dessa informação.

Um sistema de informação possui vários elementos inter-relacionados que colectam (entrada), manipulam e armazenam (processo), disseminam (saída) os dados e informações e fornecem um mecanismo de feedback.

As Actividades Envolvidas neste conceito serão :
"Combinação de recursos humanos e computacionais que inter-relacionam a colecta, o armazenamento, a recuperação, a distribuição e o uso de dados com o objectivo de Eficiência na Gestão (Planeamento, Controlo, Comunicação e Tomada de Decisão) nas organizações. Podem também ajudar os gerentes e os usuários a analisar problemas, criar novos produtos e serviços e visualizar questões complexas" (MEC-98/SBC)


O tipo de trabalho previsto para um Bacharel em Sistemas de Informação abrange a administração do fluxo de informações geradas e distribuídas por redes de computadores dentro de uma organização.

Suas responsabilidades em uma empresa podem abranger o planeamento e organização do processamento, armazenamento, recuperação e disponibilização das informações presentes nos sistemas computacionais. Este trabalho também abrange funções relacionadas a suporte aos usuários e infra-estrutura tecnológica. É abrangente em áreas de Ciência da Computação-Software e Engenharia da Computação-Hardware.

No âmbito do desenvolvimento de sistemas (software), o trabalho do Bacharel em Sistemas de Informação inclui gestão de projectos, levantamento de requisitos, análise, especificação, projecto/desenho (no sentido de design) do sistema, programação, testes, homologação, implantação e acompanhamento dos sistemas solicitados pelos seus usuários/clientes.


As Vantagens de um Sistema de Informação e Comunicação serão algumas das seguintes:

Em um Sistema várias partes trabalham juntas visando um objectivo em comum. Em um Sistema de Informação não é diferente, porém o objectivo é um fluxo mais confiável e menos burocrático das informações.
Em um Sistema de Informação bem construído, suas principais vantagens são: Optimização do fluxo de informação permitindo maior agilidade e organização; Redução de custos operacionais e administrativos e ganho de produtividade; Maior integridade e veracidade da informação; Maior estabilidade; Maior segurança de acesso à informação.

Informações de boa qualidade são essenciais para uma boa Tomada de Decisão.


Observações: Um Sistema de Informação não precisa ter essencialmente computadores
envolvidos, basta ter várias partes trabalhando entre si para gerar informações.
Ele pode ser tanto manual quanto baseado em TI, ou uma mescla dos dois. Acontece que um Sistema de Informação grande dificilmente sobrevive actualmente sem estar informatizado, o que por si só não elimina o factor humano no processo (HUMINT – Human Intelligence).
É a interacção dos componentes da TI com o componente humano que faz com que um Sistema de Informação tenha funcionalidade e utilidade para a organização.


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De:


A História da Internet - Como Tudo Começou...

Kellen Cristina Bogo



A Internet nasceu praticamente sem querer. Foi desenvolvida nos tempos remotos da Guerra Fria com o nome de ArphaNet para manter a comunicação das bases militares dos Estados Unidos, mesmo que o Pentágono fosse riscado do mapa por um ataque nuclear.

Quando a ameaça da Guerra Fria acabou, ArphaNet tornou-se tão inútil que os militares já não a consideravam tão importante para mantê-la sob a sua guarda. Foi assim permitido o acesso aos cientistas que, mais tarde, cederam a rede para as universidades as quais, sucessivamente, passaram-na para as universidades de outros países, permitindo que pesquisadores domésticos lhe tivessem acesso, até que mais de 5 milhões de pessoas já estavam conectadas com a rede e, para cada nascimento, mais 4 se conectavam com a imensa teia da comunicação mundial.


Nos dias de hoje, não é mais um luxo ou simples questão de opção uma pessoa utilizar e dominar o manuseio e serviços disponíveis na Internet, pois é considerada o maior sistema de comunicação desenvolvido pelo homem.

Com o surgimento da World Wide Web (WWW), esse meio foi enriquecido. O conteúdo da rede ficou mais atraente com a possibilidade de incorporar imagens e sons. Um novo sistema de localização de arquivos criou um ambiente em que cada informação tem um endereço único e pode ser encontrada por qualquer usuário da rede.

Em síntese, a Internet é um conjunto de redes de computadores interligadas que tem em comum um conjunto de protocolos e serviços, de uma forma que os usuários conectados possam usufruir de serviços de informação e comunicação de alcance mundial.

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De:

COMANDO, CONTROLO, COMUNICAÇÕES, COMPUTAÇÃO E INTELIGÊNCIA (C4I)


Comando e Controlo (do inglês: Command and control), ou C2, pode ser definido como o processo de direcção por pessoa ou autoridade legalmente ou legitimamente investida na utilização dos recursos colocados à disposição.
Embora possa ser utilizada em ambientes civis, normalmente está associada ao meio militar.

A Sigla C2, utilizada desde a época da Guerra Fria, evoluiu para: C3I (Comando, Controlo, Comunicações e Inteligência); C4I (inclusão de Computador); e posteriormente para C4ISTAR (Command, Control, Communications, Intelligence, Surveillance, Target Acquisition, Reconnaissance) no Reino Unido ou C4ISTR nos Estados Unidos da América, agregando os termos vigilância, aquisição de dados e reconhecimento.

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O Sistema Militar de Comando e Controlo - SISMC2, do Ministério da Defesa (MD), objectiva optimizar o exercício da direcção, do controlo e da coordenação das forças militares em operação, possibilitando o acompanhamento em tempo real das acções em curso.

As Forças Armadas do Brasil estão particularmente inseridas na Doutrina de Comando e Controlo do MD. Cada Força Armada possui um software para apoiar seu Sistema de Comando e Controlo, visando, também, o acompanhamento das operações militares.

Dentre as actividades de comando e controlo, realizadas por esta capacidade instalada, destacam-se o acompanhamento do Bug do Milénio e da coordenação da segurança da Cúpula América do Sul e Países Árabes, em Brasília.

Já ocorreram diversos seminários sobre o assunto, buscando, principalmente, a integração dos sistemas existentes.

No Exército Brasileiro, o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) é o órgão sectorial responsável pela sua optimização. Especificamente, o Centro Integrado de Telemática do Exército, subordinado ao DCT, é responsável pela base física e lógica da operação dos Sistemas de Comando e Controlo (SC2).


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COMENTÁRIO:

Uma boa metáfora é uma ferramenta poderosa para a compreensão dos fenómenos e da vida a eles associada.

De facto, no que concerne a esta matéria, é impressionante a quantidade falaciosa de informação e de mistificação do tema C4I e das Tecnologias da Informação e Comunicação, de uma maneira geral.

É particularmente relevante que se proclame “em voz alta” que um sofisticado sistema de tecnologias da informação e comunicação age por si próprio, criando inter-acções específicas e pró-activas com outros equipamentos altamente sofisticados, e que tudo circula numa espécie de “piloto automático” no seu funcionamento operacional.
E esta revelação é particularmente grave na aplicação militar e no contexto C4I.

Quanto às metáforas há a dizer o seguinte (numa analogia com a simplicidade dos conceitos), uma orquestra musical, ou simplesmente uma qualquer banda de qualquer especialidade de música, não se torna famosa, eficiente na actuação e eficaz nos resultados pelo “simples” facto de estar particularmente bem equipada e com os mais sofisticados equipamentos musicais; ela precisa de ser composta por elementos que saibam música e saibam fazer música; a qualidade e a sofisticação do material só por si não faz nada, é mais importante ter as pessoas certas bem treinadas com os equipamentos adequados (eficiência) de forma a obter bons resultados finais (eficácia).

Mas será certo considerar que uma orquestra com sucesso nas suas actuações, no produto final que produz, deve estar bem equipada com material de música (altamente) sofisticado.


O enfoque desta questão não são considerações e factores comerciais, sociológicos ou políticos, mas sim uma dinâmica de produção de resultados operacionais; para isso, é necessário obter um potencial humano com um perfil de função/tarefa adequado, uma formação eficiente e eficaz, e uma dinâmica organizacional que permita a interacção estrutural e um funcionamento modular complementar e estruturado com base na missão institucional; dessa forma, será normal pretender aceder a um padrão de serviço que propicie em tempo real e oportuno a informação e o conhecimento operacional que permite a Tomada de Decisão Estratégica.


Portanto, uma opção correcta não será pela aquisição do mais sofisticado e dispendioso sistema disponível no mercado, mas o mais adequado à Missão Institucional e ao Potencial Humano disponível e instalado no sistema em funcionamento.

E salvaguardando as complementaridades funcionais das organizações envolvidas nos macro-sistemas, naturalmente.

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Uma pequena referência final ao melhor e mais simples Sistema de Informação e Comunicação Global do mundo – a Internet.
Inclui subsistemas e aplicações de software e hardware simples e complexos, mas baratos, disponíveis para qualquer cidadão do mundo e representa uma potencialidade (instalada) ao nível das Tecnologias da Informação e Comunicação única, geral e universal; permite que todos os indígenas deste nosso planeta (e do respectivo ecossistema), ainda que vivam num qualquer canto recôndito do seu país, possam aceder a todo o tipo de notícias, informações, comunicações em tempo real (on line) para qualquer lugar do mundo, contactar as organizações e agências do Estado ou particulares e ONG, receber as respostas institucionais (feed backs), o lazer, o convívio, o entretenimento, a moda, a vida política e social; tudo ao alcance da boa vontade de querer saber mais e melhor dos assuntos relevantes da nossa vida comum e colectiva.


Naturalmente, que ao nível das Tecnologias da Informação e Comunicação, a Internet é o maior e mais sofisticado Sistema C4I do mundo.



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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

DEFESA NACIONAL E AMBIENTE (III)

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De:



Defesa e Ambiente



O Ministério da Defesa Nacional (MDN) é o responsável pela implementação da Política Ambiental no âmbito da Defesa, nomeadamente na área militar.

As actividades que desenvolve são susceptíveis de interagir com o ambiente, tal como acontece com outras áreas da sociedade, e podem originar impactes ambientais específicos, nomeadamente, os resultantes da actuação da Marinha, do Exército e da Força Aérea.

O MDN, sem comprometer o cumprimento da missão das Forças Armadas, actua de forma responsável em relação ao ambiente e, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, promove a utilização eficiente dos recursos naturais e a valorização do património e da biodiversidade. Para isso:

- Mantém e divulga a sua Política Ambiental;

- Dinamiza acções de Protecção Ambiental incluindo a realização de Estudos de Incidências Ambientais e o apoio à implementação e certificação de Sistemas de Gestão Ambiental;

- Promove anualmente a atribuição do Prémio Defesa Nacional e Ambiente;

- Estabelece contactos com Entidades Externas, celebra Protocolos de Cooperação de âmbito ambiental e divulga boas práticas ambientais através de Acções de Formação e de Sensibilização.


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POLÍTICA AMBIENTAL DE DEFESA NACIONAL




1. A missão primária das Forças Armadas é defender a Soberania Nacional. Para atingir esse objectivo estas têm de estar convenientemente equipadas e os seus elementos treinados no uso eficaz desses equipamentos. Necessariamente, os adequados requisitos de formação, treino militar e utilização desses equipamentos terão efeitos no ambiente;


2. Sem comprometer o cumprimento da missão, as Forças Armadas deverão cumprir com as políticas e a legislação ambiental estabelecidas para os outros sectores da sociedade;


3. Através de um planeamento adequado, as Forças Armadas poderão satisfazer os requisitos da missão sem afectar significativamente os recursos naturais e culturais do local ou região onde operam. Na verdade, a consideração dos aspectos ambientais, contribui para a prontidão dos meios, para o cumprimento da missão e, nalguns casos melhora a performance e a capacidade operacional, resultante de treino mais realístico e sustentável, do uso de materiais e processos mais eficientes e de uma opinião pública mais favorável;


4. Actuando de uma forma responsável em relação ao ambiente, as Forças Armadas exercerão uma influência positiva no resto da sociedade, levando-a a comportar-se da mesma maneira. Neste âmbito, como gestoras de extensas áreas de treino e de inúmeras instalações e administradoras de alguns complexos industriais, têm uma situação privilegiada para influenciar a sociedade civil na implementação da gestão ambiental;


5. Por outro lado, com a passagem pelas fileiras de grande número de jovens, as Forças Armadas poderão, através da educação e treino ambiental exercer um papel decisivo na formação da consciência ambiental dos cidadãos.


6. Assim, em tempo de paz, a missão das Forças Armadas será cumprida de acordo com a legislação ambiental em vigor, devendo estas:


a) Considerar o ambiente em todo o planeamento e actividades;


b) Incorporar considerações ambientais nos projectos de desenvolvimento de novos sistemas de armas, bem como no processo de aquisição de equipamentos;


c) Prevenir a poluição, minimizando o uso de substâncias prejudiciais à natureza e a produção de resíduos, ou introduzindo melhorias que evitem a sua dispersão acidental;


d) Poupar energia e os recursos finitos;


e) Reduzir a emissão de ruído;


f) Promover a biodiversidade;


g) Promover a consciência ambiental de todo o seu pessoal militar e civil das Forças Armadas;


h) Promover a formação e treino ambiental nas Forças Armadas;


i) Esforçar-se por introduzir melhorias contínuas na área ambiental;


j) Apoiar a sociedade civil em caso de desastre ambiental.




Será desejável que este compromisso seja consubstanciado através da implementação de um Sistema de Gestão Ambiental nas Un/Estab/Org, com a finalidade de integrar os aspectos ambientais na gestão corrente das Forças Armadas.



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COMENTÁRIO:



Frases feitas antigas, como, “as Forças Armadas são o Espelho da Nação” continuam no activo e em boa forma física e espiritual, como se comprova facilmente.


Na verdade, a realidade tende a assumir alguma derivação em ordem a variáveis temporais também elas de natureza ambiental; porque a Instituição Militar assume nesta modernidade clássica da contagem do tempo histórico uma postura eminentemente vanguardista no que concerne a toda a problemática ambiental da nossa realidade política global emergente na Europa e no Mundo.


Portugal, por razões históricas (não contabilizáveis por parcelas políticas), também assumiu uma sua realidade geoestratégica numa semelhança simbólica com um “Padrão dos Descobrimentos” do mundo moderno e global, e um agente catalisador de mudança numa matriz política e estratégica caracterizada por uma realidade histórica metafísica e mitológica de grande conteúdo ideológico para as grandes civilizações do mundo antigo.


É óbvio que as realidades mudam, mesmo quando tal parece obra de realização impossível pelas próprias características do sistema político internacional.



Um complexo conjunto de acontecimentos ocorridos no tempo próprio, em local simbólico e adequado, e operacionalizados pelas personagens políticas correctas (também elas emblemáticas de paisagens ecológicas insubstituíveis) deram o colorido catalisador e a dinâmica estratégica própria para os grandes eventos do tempo que se lhe sucederam.


E, nesta perspectiva, parece ser hoje possível compreender a dimensão do contributo do factor humano, mobilizado pelas acções ambientais premeditadas e tendentes a um objectivo, e operando no seu ecossistema específico, que bem sucedidas de êxito e sucesso exemplar criaram condições naturais para que o mundo mudasse da forma como o vimos mudar.


Saberemos dizer que a Acção Humana dos Povos foi gigantesca e serviu de alavanca às grandes “alterações do clima político e estratégico” do mundo. A geografia política e estratégica do planeta sofreu uma mutação na sua natureza e identidade de forma brusca, imediata e definitiva.


Claro que houve consequências, houve guerras, houve mortes e catástrofes humanas ambientais classificadas no patamar do crime contra a humanidade e do holocausto.


Mas há uma conclusão incontornável para contabilizar (em tempo de reflexões); o clima, os ecossistemas dos povos do mundo e o meio ambiente político e estratégico nas suas variações repentinas (ainda que por razões consolidadas na razão objectiva e no senso da lógica) têm regras próprias, bem consolidadas e uma inércia de movimento passível de prever mas impossível de controlar.



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Quanto às Forças Armadas, a sua actuação operacionalizada e o código de conduta de qualquer exército do mundo, no seu desfile em tapete de seda vermelha, são um manancial de comportamentos tipificados para as sociedades politicamente organizadas de todos os povos e ideologias e de todos os cantos do mundo.


Se será possível determinar qual a conduta certa, ou a mais certa para o “nosso lado”, para o regulamento de disciplina militar do nosso exército ??


Claro que será, mas (nesse caso) deixa de ser possível chamar-lhe Exército da Nação para passar a ter uma denominação de “Legião Nacional” (e uma para cada uma das “nacionalidades políticas” envolvidas no negócio).



Ou seja, a problemática ambiental da Política de Defesa Nacional tem a sua especificidade própria, estrutural no Estado, e materializa uma identidade nacional transversal a todos os cidadãos portugueses; e não parece ser passível de instrumentalização num ponto de vista ideológico e político-partidário.




(etc. .................)






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