domingo, 25 de setembro de 2011

O CARTEIRO DE BUDAPESTE (II) – AS RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

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… José quis mudar a terra que o viu nascer,

   E mudou o país onde vivia.


   Eu também queria mudar o meu país,

   Mas mudei foi o mundo onde existo (….);



  



Parte 1Os Media e a Relação Subsidiária Emergente


 

O Carteiro de Budapeste veio de avião à cidade e conheceu uma jovem mulher chamada media;

Amou-a, pularam com a cidade juntos, viveram uma história intensa e feliz de sucesso imenso e descontrolado.

José viria a “adoecer” pouco depois como resultado da felicidade emergente daquela ocasião secular, politicamente fascinante, e restrita na oportunidade dos factos vividos.

(….)



A relação “mediática” dos Media com o Carteiro de Budapeste sempre foi de difícil digestão;


Dão-se mal, a “Coisa” corre por caminhos errados, a violência do desentendimento de uma comunicação desconcertante é inusitada quanto desproporcional.

O Carteiro foi violado nos seus direitos de cidadão (como os outros) num acontecimento perturbante da ordem pública e do relativismo político razoável entre personagens de uma mesma comunidade tradicional nos seus usos e costumes de boa fé católica e rústica, socialmente quase austera.

José, carteiro rico de Budapeste, amava a vida e o seu colorido, adorava aquele banco e o seu ofício sério, gostava de representar aquele papel de construtor de uma novel sociedade moderna e próspera, certamente de intelecto duvidoso no mediatismo dos acontecimentos.


Foi um homem de sucesso no objectivo atingido, mas positivamente fracassado na construção da sua vida pessoal de riqueza privada,

Como deve ser e convém aos bons heróis.



A relação emergente da vida política do Carteiro de Budapeste com as organizações que produzem e realizam a mediatização da nossa vida comum (neste nosso pequeno país) nunca foi simples (como já foi dito), tendo-se tornado intensa e impossível na parte final deste “conto”;


Tudo em fase e em tempo simultâneo com a ambiciosa epopeia das “ONG” de missão e ofício na causa dos “media” na construção de uma cultura média de Senso Comum político, onde se pretende que Todos nós nos tornemos bons “homens-máquina” entretidos com a imagem de “felicidade média” da vida portuguesa e com o sucesso do mérito construído nos nossos heróis do grupo social.
 

Numa verdadeira história de pesadelo político e social provocada pela disputa firme e cerrada pela posse dos lugares de poder no Estado e em toda a estrutura paralela (administrativa e logística) de apoio e gestão do Negócio Político da Nação (e dos portugueses).

(“crianças” sem história e sem rei de serviço ao seu poder de população “tecnicamente” evoluída e civilizada)



(….)

Tudo (muito) complicado, desnecessário e pedante, patético e inútil na sua inexistência institucional de prestação de serviço público,
 

Politica e estrategicamente útil e produtivo no valor acrescentado a uma sociedade carente de referenciais e de valores “certos e correctos” na sua abrangência política geral e transversal.



E enfim…


Tudo para esquecer dum passado temporário comum e global;   (!!!)


Na sua qualidade de desastre político patriótico generalizado a um ecossistema chamado Terra.




 
(….)





domingo, 18 de setembro de 2011

O CARTEIRO DE BUDAPESTE (I)

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Sempre pensei durante toda uma vida o que quereria dizer isto.
 

Na verdade, nunca percebi a parábola que terá o seu ponto convexo neste tempo que vivemos, e no qual desconhecemos o ramo restante do trajecto da sua inflexão. 



“Conheci” o carteiro no início dos anos 60 do século onde nasci, e sei que começou a trabalhar naquela vida de “serviço à comunidade” na mesma altura em que também eu comecei a viver nas ruas da celebridade, numa colaboração directa e estreita com aquele “ofício de uma cidadania comunitária”,


Os dois, curiosamente, com sucesso.


Sempre com (muito) sucesso político.



(….)



Ele ainda hoje chama-se José e é pai,


De algumas pessoas como eu.


(numa verdade pura e biológica, no meu caso)



E também julgo que este problema (para quem não sabe) é tanto indiscutível quanto insubstituível na sua consequência “heráldica”.

Em particular (no que respeita a este “assunto”) também penso em todos aqueles que sonham com um nome específico (idiomático ou não) e na identidade política deste cidadão que sou eu, neste nosso mundo em que tudo se procura ser nosso;


É claro que o entendimento de “nosso” deve ser naquela perspectiva pessoal, privada e individual própria de quem o leva na barriga por (in) digestão dos seus sonhos de ambição confessada e pública.


É curioso que ele nunca teve peneiras ou vergonha (por redução a um ridículo qualquer) daquilo que fez pelos “outros”, que o detestam exactamente por isso mesmo, e pelo facto respectivo de terem tido ajuda no seu mérito indiscutível e imbatível (…),


Mais não seja pela ameaça latente que tal facto e evento (de um passado antigo que merece desprezo e esquecimento para os protagonistas de cena) representa para o seu egocentrismo vesgo e demente.



Também acredito (naturalmente) que o problema verdadeiro (e indesmentível na sua eventualidade máxima) possa ser aquele facto “quase” histórico do nosso carteiro de Budapeste ter sido o único sujeito (não político, ainda por cima, e por isso mesmo louco) a enfrentar um sistema menor na sua identidade cultural com o povo português e obsoleto numa política que condenava Portugal ao esquecimento de si próprio,


Enquanto alma, enquanto povo, enquanto cultura de uma sociedade de gente;


Gente sem identidade importante que sonha com a vida de poder viver, num crime considerado sectário e proibido por pessoas pobres, muito pobres no seu espírito privado de cidadãos de uma Pátria que deveria ser comum a todos os portugueses.

E ainda por cima num fenómeno que “eles” dizem ser de todos (supostamente os portugueses todos) no seu sentimento de comunidade política, numa espécie de sufrágio directo e universal de sentido particular e corporativo, expeditamente decidido em reunião de assembleia estrategicamente confidencial.
 

Tudo isto contado à vista desarmada no “fundo” dos factos políticos, públicos para os “curiosos” deste fenómeno, numa análise objectiva ao resíduo sólido sobrante da ideologia de um regime (?) obtuso que apenas “Quer o Que Quer” (…);


Quer ganhar a qualquer custo sem honra nem glória, e muito menos com um trabalho sério mas pouco lucrativo no imediato.

(porque “nós”, eles, têm pouco tempo para uma faina política séria)



(…)



Acabo por achar sempre uma certa piada aos “revolucionários” que lutaram contra aquela menoridade política que condenava Portugal a uma derrota política emblemática para todo o mundo envolvente, mais não fosse porque sou eu o publicamente acusado de personificar (em termos pragmáticos) a “política” do “partido político” deles.
 

(na sua “política pessoal” de defesa do ideário do povo português)



Mas mais ainda,


Acho piada à sua piada, eu que sou contra os partidos políticos deles e envolvidos neste “triller” (numa acepção estritamente ideológica),


Partidos políticos que representam os seus subalternos numa formatura pura e dura na qual se marcha em passo (muito) certo e a toque de caixa, numa cadência de passada larga para ninguém ter tempo para pensar muito bem no destino do comboio da companhia, ou do Batalhão, ou Regimento territorial ou, até, na Brigada das “operações terrestres”.
 

Tudo é política para nos divertirmos e mantermo-nos ocupados, felizes e unidos em torno do desígnio,


Que eles parecem já não saber muito bem qual será (…), uma “Conduta” com garantia de líder incontestado pelo desconhecimento popular das causas envolvidas.



(….)



Tudo é dito assim porque é verdade e porque o “Club” respectivo é que pensa “Nisso”, age de má fé numa matéria deles contra a cidadania e as pessoas (nomeadamente contra a figura pessoal do Carteiro de Budapeste), responde no protagonismo por causas com que não concorda, e trata do “Assunto” no mais completo sigilo estratégico de uma causa “Comum a Todos”, privada na condição de prática política activa.



(…)




É incrível o que o Carteiro de Budapeste fez.



Porque é “demente”, e é o rebentamento atómico no outro Sítio no qual temos amigos, é o Muro que caiu porque ninguém o sustentava tirando nós próprios (de borla ainda por cima e a fazer o figurão político de saloios),


É a cisão daquele Pacto que não tinha melhores ideias para “os seus”, tirando talvez uma invasõeszitas normalizadoras da moral e bem estar a territórios menores nas suas “capacidades físicas”, fazendo de “tal coisa” uma espécie de “Xaxada” abundante na ideologia simbólica.

Não tenhamos, portanto, dúvidas ou equívocos, poderíamos viver “Disto” e ganhar muito dinheiro numa industria produtiva na área do sector político e estratégico mundial;


Como os senhores intelectuais de hoje fazem (e gente de bem), dizendo que tudo o que é nosso vai de mal a péssimo, menos (claro) a sua retribuição financeira pelo parecer contado a uma comunidade que não entende a sua linguagem técnica e específica na abordagem corporativa e pragmática ao rendimento político que propicia a Eles e a “Outrem”.

  

(….)



Veja-se bem o que o Brasil fez na eleição de um metalúrgico para líder do seu Governo (e para Presidente da República mais tarde);
 

E como o problema em causa (no fundo) dizia respeito a uma economia cambial, cambiou a sua moeda para vários modelos e nomes, tendo tudo vindo a ficar bem, e ainda melhor na actualidade.


O Papa mais emblemático e eclético de todo o sempre (de acordo com os dados históricos) foi pedreiro na sua juventude e servente numa guerra contra a Alemanha,


Antes de se tornar sacerdote em Cracóvia.



Naturalmente que a guerra em África acabou (doença cancerosa para Portugal e para os portugueses) e foi dada independência e liberdade aos respectivos povos, que aproveitaram para construírem países a sério (em alguns poucos casos).
 

Portugal viria a descobrir mais tarde que não tinha dinheiro para a sua crise de identidade, e o pouco que tinha, tinha dono bem colocado na ética da Comunidade Social;
 

Dessa forma (então) um génio da política portuguesa pediu ajuda a uma união de países na Europa,


Mas também aos USA para resolver “Esse” problema político e estratégico em crescimento emergente e “eticamente” problemático para algumas “pessoas”.
 

Os tais países da União Europeia (politica, económica e socialmente desenvolvidos e fartos de estar bem na vida e sem problemas de maior) resolveram adoptar-nos como parceiros de família política que nunca fomos, não somos, e nunca seremos.
 

Claro que por falar em USA e na respectiva NATO, tudo mudou para pior tendo tudo ficado mais ou menos na mesma, tirando uma maior estabilidade política, económica e social no seio profundo do seu povo;


Mas foi preciso o sul ir jogar ao norte numa partida realizada em Bagdade e nos arredores.

(….)
 

Também passamos pelos Balcãs, mas “Isso” é uma história esquizofrénica e proibida.


(….)



Até que chegamos a hoje, tempo histórico em que tudo mudou, chegados (portanto) à homeostase e ao equilíbrio estratégico;

E nada mais vai acontecer de especial ou de relevante no mundo, e muito menos na Europa, com especialidade política em Portugal.


(.…)



É importante compreender (veja-se bem a “Coisa”) que existe uma Culpa formada (devidamente instruída e etiquetada por parte das instâncias nacionais e internacionais especialistas na matéria) atribuída (ou atribuível) ao Carteiro de Budapeste.

E é “isto” !!

Tudo por culpa dele,


O mundo inteiro,


Os arredores,


E os baldios.



Tudo !!




O Carteiro de Buda_peste.


(….)




Há mais histórias para contar sobre esta matéria, e conta-se “o resto” em capítulos sucedâneos porque talvez fiquem melhores e estruturalmente mais bem contados.  



(….)





terça-feira, 13 de setembro de 2011

OS NOVOS RICOS E AS RESERVAS MORAIS

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As reservas morais da Nação.
 

Porque será que a comunidade histórica da cultura precisa de reservas morais ??

Não será “Isso” a definição de uma anti-comunidade ?



Porque será que um sintoma que caracteriza a actual “Organização Política da Nação” chamada Estado precisa de uma cura para uma sua doença clara e simples de identificar praticada pelas denominadas Reservas Morais ?



Que apenas terão entre elas (como ponto fundamental de união) as insígnias “próprias” da sua Pátria – um território e uma linguagem (cultural ou não) comuns ao povo que representam nas suas “vísceras” institucionais.

Questões normalmente incómodas e inconvenientes, mas curiosas nas suas conclusões políticas, económicas e sociais num país pequeno e pouco culto como é Portugal, e por isso mesmo extraordinariamente vulnerável a esta “Pequena Questão”.



(….)



Os Novos Ricos;

“Indivíduo que não era rico, mas que, mercê de expedientes e circunstâncias de ocasião fez fortuna em pouco tempo”.

(segundo o dicionário da língua portuguesa)

E porque será “Isto” um problema ??
 

E sendo um problema, qual será a sua caracterização para o tornar grave nos seus “aspectos” políticos e económicos, e nas suas consequências na sociedade ??
 

Terá esta questão uma dimensão social grave e o seu funcionamento uma fisiologia no foro íntimo da vida e da cultura do povo português ??
 

Será que este problema (e “Isto”) tem alguma relação “a ver” com a União Europeia e a sua fisiologia política e económica de actuação estratégica nos países seus integrantes ???
 

Será esta a “causa das coisas” de tantos problemas políticos??

(escusados, ridículos, e politicamente quase patéticos)


Tantas perguntas e tantas dúvidas sobre “conclusões de obras feitas”.



(….)



Portanto, qual será o “nosso problema” ??
 

Como vamos resolver esta questão “ideológica” e quem o poderá fazer efectivamente ?
 

Será que o Povo Português vai continuar a ser cúmplice de uma actividade política e económica criminosa praticada por “pessoas” pouco escrupulosas, que apenas têm em mente o seu enriquecimento efectivo e rápido ??
 

Tudo a partir de um sistema operativo de funcionamento político heráldico, clubista e pretensiosamente defensor de claques sociais estruturalmente bem colocadas na sociedade portuguesa profunda, estes jogadores e misteres do ofício político manipulam o seu património humano que lhes conferiu um mandato para, com isso, atingirem propósitos e objectivos estratégicos estranhos ao seu desígnio político inicial e natural na causa;
 

Culminando esta situação numa reviravolta estrutural na natureza política do país publicamente inconfessável nos discursos de promessa e aclamação às maças humanas;

Com contornos estranhamente explosivos na comunidade política e económica envolvente na qual Portugal se incorporou de boa vontade e com Boa Vontade (…).



(….)



Enfim, o essencial da história política actual da Nação Portuguesa está contado e “fiquemos” por aqui.
 

(hoje)



§§§§§§§§ // §§§§§§§§



ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:



………………..
 

“…
 

Texto 1:

 



Mia Couto in SAVANA

13.12.2003

Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro, dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele. A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos “ricos”. Aquilo que têm, não detêm. Pior, aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas. Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados.

Necessitariam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por os lançar a eles próprios na cadeia. Necessitariam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade. Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.

O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza, uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade.

As casas de luxo dos nossos falsos ricos são menos para serem habitadas do que para serem vistas. Fizeram-se para os olhos de quem passa. Mas ao exibirem-se, assim, cheias de folhos e chibantices, acabam atraindo alheias cobiças. O fausto das residências chama grades, vedações electrificadas e guardas privados. Mas por mais guardas que tenham à porta, os nossos pobres-ricos não afastam o receio das invejas e dos feitiços que essas invejas convocam.

Coitados dos novos ricos. São como a cerveja tirada à pressão. São feitos num instante mas a maior parte é só espuma. O que resta de verdadeiro é mais o copo que o conteúdo. Podiam criar gado ou vegetais. Mas não. Em vez disso, os nossos endinheirados feitos sob pressão criam amantes. Mas as amantes (e/ou os amantes) têm um grave inconveniente: necessitam ser sustentados com dispendiosos mimos. O maior inconveniente é ainda a ausência de garantia do produto. A amante de um pode ser, amanhã, amante de outro. O coração do criador de amantes não tem sossego: quem traiu sabe que pode ser traído.

Os nossos endinheirados-às-pressas não se sentem bem na sua própria pele. Sonham em ser americanos, sul-africanos. Aspiram ser outros, distantes da sua origem, da sua condição. E lá estão eles imitando os outros, assimilando os tiques dos verdadeiros ricos de lugares verdadeiramente ricos. Mas os nossos candidatos a homens de negócios não são capazes de resolver o mais simples dos dilemas: podem comprar aparências, mas não podem comprar o respeito e o afecto dos outros. Esses outros que os vêem passear-se nos mal-explicados luxos. Esses outros que reconhecem neles uma tradução de uma mentira. A nossa elite endinheirada não é uma elite: é uma falsificação, uma imitação apressada.

A luta de libertação nacional guiou-se por um princípio moral: não se pretendia substituir uma elite exploradora por outra, mesmo sendo de uma outra raça. Não se queria uma simples mudança de turno nos opressores. Estamos hoje no limiar de uma decisão: quem faremos jogar no combate pelo desenvolvimento? Serão estes que nos vão representar nesse relvado chamado “a luta pelo progresso”? Os nossos novos ricos (que nem sabem explicar a proveniência dos seus dinheiros) já se tomam a si mesmos como suplentes, ansiosos pelo seu turno na pilhagem do país.

São nacionais mas só na aparência. Porque estão prontos a serem moleques de outros, estrangeiros. Desde que lhes agitem com suficientes atractivos irão vendendo o pouco que nos resta. Alguns dos nossos endinheirados não se afastam muito dos miúdos que pedem para guardar carros. Os novos candidatos a poderosos pedem para ficar a guardar o país. A comunidade doadora pode ir ás compras ou almoçar à vontade que eles ficam a tomar conta da nação. Os nossos ricos dão uma imagem infantil de quem somos. Parecem criancas que entraram numa loja de rebuçados. Derretem-se perante o fascínio de uns bens de ostentação.

Servem-se do erário público como se fosse a sua panela pessoal. Envergonha-nos a sua arrogância, a sua falta de cultura, o seu desprezo pelo povo, a sua atitude elitista para com a pobreza. Como eu sonhava que Moçambique tivesse ricos de riqueza verdadeira e de proveniência limpa! Ricos que gostassem do seu povo e defendessem o seu país. Ricos que criassem riqueza. Que criassem emprego e desenvolvessem a economia. Que respeitassem as regras do jogo. Numa palavra, ricos que nos enriquecessem. Os índios norte-americanos que sobreviveram ao massacre da colonização operaram uma espécie de suicídio póstumo: entregaram-se à bebida até dissolverem a dignidade dos seus antepassados. No nosso caso, o dinheiro pode ser essa fatal bebida. Uma parte da nossa elite está pronta para reallzar esse suicídio histórico. Que se matem sozinhos. Não nos arrastem a nós e ao país inteiro nesse afundamento.





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Texto 2:
 






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Texto 3:


Política

Polícia Federal e Exército, reservas morais da Nação


1157 acessos - 7 comentários

Publicado em 08/11/2007 pelo(a) Wiki Repórter Cesar, São Paulo - SP





Conforme recente pesquisa Vox Populi divulgada nas mídias, 74,4% dos entrevistados consideraram ambas as instituições, Polícia Federal e Exército, como esteio ou reserva moral da Nação.

E, com toda a razão, o histórico de realizações e comportamento elogiável dessas instituições permanecem inalteradas junto ao povo brasileiro, que comprovadamente lhes depositam confiança e expressam admiração.

Isso, por si só, demonstra o que esses mesmos brasileiros pensariam sobre os atributos morais de outras instituições ligadas ao atual governo federal ou a ele próprio.
Para os membros desse governo, com pretenso viés socialista, os quais de longa data expressam aversão, rancor e desprezo pelas instituições policiais e militares da Nação; os resultados dessa pesquisa soariam como uma bofetada de alerta, que diz claramente, que a grande maioria da população brasileira não concorda com suas idéias e ideais de anarquia e nem com a visão distorcida por uma ideologia comprovadamente falida e escravizante no mundo todo, ao longo da História.

Mas, assim como esse governo insiste em desconsiderar arrogantemente, a voz do povo expressa nas urnas, no último plebiscito sobre o desarmamento do cidadão, certamente também irá desconsiderar essa pesquisa alarmante e continuará a considerar a vontade da cúpula, mais importante que a dos muitos milhões de cidadãos brasileiros honesta que ela governa.

Algo desprezível e revoltante para qualquer cidadão consciente.



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Texto 4:







…”



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terça-feira, 6 de setembro de 2011

A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DA NAÇÃO (parte 5) – A SOCIEDADE MULTICULTURAL EUROPEIA PÓS-MODERNA

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De um ponto de vista estritamente político, a “Comunidade Imigrante” inserida no seio da Comunidade Política da União Europeia será muito mais do que o somatório de populações “Não Europeias” que habitam o espaço geográfico territorial europeu pertencente aos países da União Europeia;




Politicamente falando, aquela comunidade abrange todos os cidadãos europeus e não europeus que se encontram unidos pelos laços do Anti-Europeísmo Ocidental e Comunitário.






Esta “Comunidade Imigrante” (olhando para este fenómeno do lado interior da filosofia política europeísta da União) será constituída pelo universo de cidadãos que se comportam politicamente como elementos marginais a todo o fenómeno político do Projecto Único Europeu da Comunidade Europeia.





Aquele “Movimento” de cariz político transversal constitui-se como um corpo estranho assumido de forma frontal no seio interior da política comunitária da União Europeia;


Com um contorno político mal esclarecido, o que significa englobar várias tonalidades de alinhamento político desde a extrema-esquerda à extrema-direita, passando pelos Movimentos Anarquistas de natureza “Republicana” e pelos pouco esclarecidos manifestos do “Centro Político” (o que incluirá socialistas e uma “parte” social-democrata), a cadência política da sua doutrina operacional caracteriza-se por um perfil de actuação de combate cerrado e indiscriminado às políticas de cariz comunitário da União Europeia praticadas pelos diferentes governos dos países seus constituintes.






De tal forma e maneira que, de acordo com um conjunto sintomático de particularidades económicas e políticas conjunturais mas construídas de forma exemplar pelos respectivos especialistas próprios de uma Arquitectura Política Gótica, conseguiram uma Vitória Política importante e assinalável – o inequívoco Falhanço Político da Sociedade Multicultural no seio da Comunidade Europeia.






Portanto, o projecto político terá falhado no seu objectivo principal – a construção de uma Sociedade Multicultural na Europa Comunitária – mas não faleceu de óbito natural.




(e muito menos espontâneo)






O Projecto de constituição de uma Comunidade Cultural Única de cidadãos europeus claudicou de forma absoluta e radical no seu objectivo político;



E a culpa de tal evento tem um rosto muito claro e indiscutível, e serão todos aqueles que se opõem ao Projecto Político da União Europeia.






(…)








Perante esta situação haverá que repensar alternativas políticas.





Por exemplo, será relevante repensar todo o Projecto Comum Europeu (e Não Projecto Único) para construção de uma Comunidade Cultural historicamente distinta e diferente no seu âmbito e na sua natureza específica.






Provavelmente, tratar como igual “Aquilo” que será politicamente semelhante, e como diferente e distinto tudo “Aquilo” que se constitui como cultura alheia ao Projecto Europeu de construção de uma Civilização Política Ocidental.






Por consequência natural, atribuir as responsabilidades de liderança deste “Segundo Projecto Europeu” a duas realidades políticas distintas – uma pertencente ao conjunto de países mais desenvolvidos da UE (aqueles que comungam de uma mesma dinâmica política, económica e social de forma realista e concreta), e uma segunda vertente correspondente à liderança dos países que constituem uma Segunda Linha política, económica e social dos Estados Membros da União Europeia.






(…)










No entanto, cabe aqui fazer um pequeno comentário que (pessoalmente) me parece fotográfico de uma situação que deve merecer a devida atenção por parte de quem de direito o poderá fazer.






Refiro-me a alguns (muitos) dos líderes do tal “Movimento Político Anti-União Europeia” que no âmbito das suas funções nos diferentes níveis de actuação no interior profundo do sistema de funcionamento político e económico dos Estados, se refugiam naturalmente na Não Existência “Física” de tal figura política de contestação ao Sistema Político Comunitário e ao respectivo Projecto Comum inserido na política governamental dos Estados Membros da União Europeia.






Tais personagens (algumas delas emblemáticas) são particularmente ambiciosas nos seus propósitos pessoais e profissionais de natureza e amplitude política;


Situação que, no mínimo, será curiosa quanta caricata;


Porque parece de difícil entendimento que um líder (ou candidato a líder), ou apenas “jogador efectivo da equipa”, seja um contestatário importante ao projecto que emana e representa de forma institucional.






(diremos nós na nossa ingenuidade de cidadãos inocentes)














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ANEXO – ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:









………………..





“…





de:

















Multiculturalismos (ou pluralismo cultural) é um termo que descreve a existência de muitas culturas numa localidade, cidade ou país, sem que uma delas predomine, porém separadas geograficamente e até convivialmente no que se convencionou chamar de “mosaico cultural”.



O Canadá e a Austrália são exemplos de multiculturalismo; porém, alguns países europeus advogam discretamente a adoção de uma política multiculturalista.



Em contraponto ao Multiculturalismo, podemos constatar a existência de outras políticas culturais seguidas, como por exemplo: O monoculturalismo vigente na maioria dos países do mundo e ligada intimamente ao nacionalismo, pretende a assimilação dos imigrantes e da sua cultura nos países de acolhimento.   O Melting Pot, como é o caso dos Estados Unidos e do Brasil, onde as diversas culturas estão misturadas e amalgamadas sem a intervenção do Estado.



A política multiculturalista visa resistir à homogeneidade cultural, principalmente quando esta homogeneidade é considerada única e legítima, submetendo outras culturas a particularismos e dependência.



Sociedades pluriculturais coexistiram em todas as épocas, e hoje, estima-se que apenas 10 a 15% dos países sejam etnicamente homogêneos.



A diversidade cultural e étnica muitas vezes é vista como uma ameaça para a identidade da nação.



Em alguns lugares o multiculturalismo provoca desprezo e indiferença, como ocorre no Canadá entre habitantes de língua francesa e os de língua inglesa.



Mas também pode ser vista como factor de enriquecimento e abertura de novas e diversas possibilidades, como confirmam o sociólogo Michel Wieviorka e o historiador Serge Gruzinski, ao demonstrarem que o hibridismo e a maleabilidade das culturas são factores positivos de inovação.



Charles Taylor, autor de Multiculturalismo, Diferença e Democracia acredita que toda a política identitária não deveria ultrapassar a liberdade individual.



Indivíduos, no seu entender, são únicos e não poderiam ser categorizados. Taylor definiu a democracia como a única alternativa não política para alcançar o reconhecimento do outro, ou seja, da diversidade.



Seus opositores defendem que o multiculturalismo pode ser danoso às sociedades e particularmente nocivo às culturas nativas.







…”






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