[GESTÃO
DE CRISES (parte 2 - upgrade) –
- “A DIALÉTICA DO CONHECIMENTO EMPÍRICO”]
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O Conhecimento Empírico é o conhecimento
que adquirimos no decorrer do dia. É feito por meio de tentativas e erros num
agrupamento de ideias. É caracterizado
pelo senso comum, pela forma espontânea e direta de entendermos.
Essa
forma de conhecimento é adquirida também por experiências que vivemos ou que
presenciamos que, diante do fato, obtemos conclusões. É uma forma de
conhecimento superficial, sensitiva, subjetiva, acrítica e assistemática.
O
conhecimento empírico é aquele que não precisa ter comprovação científica e
esta também não tem importância. O fato é que se sabe e pronto, não precisa ter
um motivo de ser. (….)
…………………….
»»»»»»
O
Cenário Estratégico Assimétrico.
O
mundo mudou e a “ameaça natural” alterou o perfil de emprego e a sua natureza
política e estratégica;
Tudo
ficou mais complicado (ou de controlo mais difícil), mais surreal e
imprevisível,
o
perigo parece ser maior e fugaz, a “letalidade” mais potencial, mas também
“tudo” num cenário convencional mais improvável.
(o
que faz do “quadro” uma tela confusa)
Tudo
cibernético e em modo de realidade virtual.
(….)
Há
vinte e oito anos atrás se alguém congeminasse a hipótese (remota) de as “FP 25
de Abril” tomarem uma forma politicamente legal e assento permanente e
institucionalizado na “Casa da Política” Portuguesa,
eu
diria (pela minha parte pessoal) que “Isso” seria a mais pura loucura e
diversão de uma qualquer alma perdida e desiludida com a sua vida. (…)
Mas
aconteceu,
e parece
ser a verdade dos factos à qual qualquer cidadão pode aceder ao sintonizar um
qualquer órgão de informação que presta o serviço público à comunidade de a
manter atenta ao mundo que passa por nós.
Naquilo
que poderá ser a procura de uma explicação racional diria que a Causa desta
“Coisa” terá a ver (diretamente) com a “velhice política” prematura (??) e com
o cansaço intelectual dos protagonistas;
Mas
também (indiscutivelmente) com a categorização política das personagens
envolvidas que, de forma inequívoca, abraçaram as causas revolucionárias e
belicistas daquele fenómeno politicamente denominado “Forças Populares 25 de
Abril”.
Ou
seja, a “Força” (e os seus intérpretes) atuam de forma e com a face descoberta,
sem qualquer temor ou receio da potencial redução ao absurdo, e de forma
absolutamente impune perante a lei da República Portuguesa.
[aparentemente
doente de “impotência política legal” perante, ”sei lá”…, uma quadratura
politicamente terrorista (??...)]
(claro
que não !!)
Portanto,
as “Estrelas desta Companhia Política” (que são muitas e variadas, de
diferentes quadrantes, e todas pesadas de prestígio político e estratégico)
parecem ser a “causa das coisas” da ocorrência do fenómeno, mas também da
impunidade legal que os anima numa espécie de “festival de Música Ró à
desgarrada”.
(do
tipo “Calhaus Rolantes” !??)
(….)
E
se um dia alguém (por exemplo eu) escrevesse sobre esta “temática” provavelmente
poderia atribuir-lhe um título sugestivo - “Uma Dialética Política Corporativa em
Género de Ensaio Sobre a Loucura”.
(ente
muitos outros nomes possíveis)
Naturalmente
que nunca irei escrever tais arremetidas insultuosas contra a “Pandilha
Eletrónica”,
apenas
ficará aqui demonstrada a minha vontade de “o fazer” numa verdade indiscutível.
(….)
O
segredo do sucesso da democracia portuguesa chama-se Segurança e Defesa.
Mas
(muito) mais do que isso, a credibilidade do sistema político depende
diretamente da credibilidade do sistema de segurança e defesa nacional na medida
em que só a estabilidade garante o normal funcionamento das instituições.
Na
realidade, o Estado identifica-se de forma perfeita com o “aparelho
institucional” que assegura a vitalidade e o normal funcionamento da segurança
e defesa do Estado;
Mas
também a segurança das pessoas, dos valores e dos bens (públicos e privados), e
dos serviços (públicos e privados) que fazem funcionar a economia do país.
Ou
por palavras diferentes, a segurança e defesa será a pedra basilar que assegura
o funcionamento do Estado nas condições ideais de “pressão e temperatura”
política, o que se traduz (entre outros aspetos) na segurança e harmonia que
dão a confiança necessária e suficiente aos diferentes atores e personagens
principais que são os parceiros políticos, económicos e sociais das atividades
produtivas do Estado Português.
Para
tal efeito e esse fim específico é indispensável o Estado ter um bem essencial
à sua “vida saudável” e que será a possibilidade de ter à sua disposição
permanente e imediata a capacidade de exercer Coação sobre as ameaças principais à sua sobrevivência institucional
naquilo que respeita (principalmente) aos
Poderes do Estado.
(Poder
Executivo, Legislativo e Judicial)
Naturalmente
que tal matéria é severamente complicada e obedece a princípios e a regras de
empenhamento, das quais a principal, mais séria e crítica chama-se Democracia e
Estado de Direito.
Não
pode nem deve haver qualquer espécie de confusão sobre este tema que é
absolutamente nuclear a todo o funcionamento criterioso em condições de boa
salubridade para uma qualquer componente de segurança e defesa de um qualquer
Estado Ocidental.
O
Estado de Direito e a Democracia são o oxigénio vital de qualquer sistema credível,
eficiente e eficaz de Segurança e Defesa de um Estado/Nação.
(etc. …….)
§§§§§§
/ §§§§§§
ANEXO –
ILUSTRAÇÃO TEMÁTICA:
………………..
“…
de:
Conhecimento
empírico, científico, filosófico e teológico
A realidade é tão complexa que o homem, para
apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento.
Desde a Antiguidade, até os dias de hoje, um lavrador,
mesmo iletrado e/ou desprovido de outros conhecimentos, sabe o momento certo da
semeadura, a época da colheita, tipo de solo adequado para diferentes culturas.
Todos são exemplos do conhecimento que é acumulado pelo homem, na sua interação
com a natureza.
O Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos
demais, na medida em que lhe possibilita fugir da submissão à natureza. A ação
dos animais na natureza é biologicamente determinada, por mais sofisticadas que
possam ser, por exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organização de uma colmeia,
isso leva em conta apenas a sobrevivência da espécie.
O homem atua na natureza não somente em relação às
necessidades de sobrevivência, (ou apenas de forma biologicamente determinada)
mas se dá principalmente pela incorporação de experiências e conhecimentos
produzidos e transmitidos de geração a geração, através da educação e da
cultura, isso permite que a nova geração não volte ao ponto de partida da que a
precedeu. Ao atuar o homem imprime sua marca na natureza, torna-a humanizada. E
à medida que a domina e transforma, também amplia ou desenvolve suas próprias
necessidades. Um dos melhores exemplos desta atuação são as cidades.
O Conhecimento só é percetível através da existência
de três elementos: o sujeito cognoscente (que conhece) o objeto (conhecido) e a
imagem. O sujeito é quem irá deter o conhecimento, o objeto é aquilo que será
conhecido, e a imagem é a interpretação do objeto pelo sujeito. Neste momento,
o sujeito apropria-se, de certo modo do objeto. “O conhecimento apresenta-se
como uma transferência das propriedades do objeto para o sujeito”. (Ruiz, João.
Metodologia científica).
O conhecimento leva o homem a apropriar-se da
realidade e, ao mesmo tempo a penetrar nela, essa posse confere-nos a grande
vantagem de nos tornar mais aptos para a ação consciente. A ignorância tolhe as
possibilidades de avanço para melhor, mantém-nos prisioneiros das
circunstâncias. O conhecimento tem o poder de transformar a opacidade da
realidade em caminho iluminada, de tal forma que nos permite agir com certeza,
segurança e precisão, com menos riscos e menos perigos.
Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é
constituída de numerosos níveis e estruturas, de um mesmo objeto podemos obter
conhecimento da realidade em diversos níveis distintos. Utilizando-se do
exemplo de Cervo & Bervian no livro Metodologia Científica, “com relação ao
homem”, pode-se considerá-lo em seu especto eterno e aparente e dizer uma série
de coisas que o bom senso dita ou a experiência cotidiana ensinou; pode-se,
também, estudá-lo com espírito mais sério, investigando experimentalmente as
relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, ainda,
questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e, finalmente,
investigar o que dele foi dito por Deus através dos profetas e de seu Enviado
Jesus Cristo.
Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o
homem, para apropriar-se dela, teve de aceitar diferentes tipos de
conhecimento.
Tem-se, então, os diferentes tipos de conhecimento:
- Conhecimento Empírico.
- Conhecimento Científico.
- Conhecimento Filosófico.
- Conhecimento Teológico.
Conhecimento Empírico
Popular ou vulgar é o modo comum, corrente e
espontâneo de conhecer, que se adquire no trato direto com as coisas e os seres
humanos, as informações são assimiladas por tradição, experiências causais,
ingênuas, é caracterizado pela aceitação passiva, sendo mais sujeito ao erro
nas deduções e prognósticos. “é o saber que preenche nossa vida diária e que se
possui sem o haver procurado, sem aplicação de método e sem se haver refletido
sobre algo”(Babini, 1957:21).O homem, ciente de suas ações e do seu contexto,
apropria-se de experiências próprias e alheias acumuladas no decorrer do tempo,
obtendo conclusões sobre a “ razão de ser das coisas”. É, portanto superficial,
sensitivo, subjetivo, Assis temático e acrítico.
Conhecimento
Científico
O conhecimento científico vai além da visão empírica,
preocupa-se não só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que
o motivaram, esta nova perceção do conhecimento se deu de forma lenta e
gradual, evoluindo de um conceito que era entendido como um sistema de
proposições rigorosamente demonstradas e imutáveis, para um processo contínuo
de construção, onde não existe o pronto e o definitivo, “é uma busca constante
de explicações e soluções e a reavaliação de seus resultados”. Este conceito
ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon, Galileu, Descartes e
outros.
No seu conceito teórico, é tratado como um saber
ordenado e lógico que possibilita a formação de ideias, num processo complexo
de pesquisa, análise e síntese, de maneira que as afirmações que não podem ser
comprovadas são descartadas do âmbito da ciência. Este conhecimento é
privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências.
Conhecimento Filosófico
É o conhecimento que se baseia no filosofar, na
interrogação como instrumento para decifrar elementos imperfectíveis aos
sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige um método
racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os
diferentes objetos de estudo.
Emergente da experiência, “suas hipóteses assim como
seus postulados, não poderão ser submetidos ao decisivo teste da observação”. O
objeto de análise da filosofia são idéias, relações conceptuais, exigências
lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não
são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos),
como a que é exigida pelo conhecimento científico. Hoje, os filósofos, além das
questões metafísicas tradicionais, formulam novas questões: A maquina
substituirá quase totalmente o homem? A clonagem humana será uma prática aceita
universalmente? O conhecimento tecnológico é um benefício para o homem? Quando
chegará a vez do combate à fome e à miséria? Etc.
Conhecimento
Teológico
Conhecimento adquirido a partir da aceitação de
axiomas da fé teológica, é fruto da revelação da divindade, por meio de
indivíduos inspirados que apresentam respostas aos mistérios que permeiam a
mente humana, “pode ser dados da vida futura, da natureza e da existência do
absoluto”.
“A incumbência do Teólogo é provar a existência de
Deus e que os textos Bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina,
devendo por isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e
incontestáveis.” Hoje diferentemente do passado histórico, a ciência não se
permite ser subjugada a influências de doutrinas da fé: e quem está procurando
rever seus dogmas e reformulá-los para não se opor a mentalidade científica do
homem contemporâneo é a Teologia”. (João Ruiz) Isso, porém é discutível, pois
não há nada mais perfeito que a harmonia e o equilíbrio do UNIVERSO, que de
qualquer modo está no conhecimento da humanidade, embora esta não tenham mãos
que possa apalpá-lo ou olhos que possam divisar seu horizonte infinito... A fé
não é cega baseia-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e
coletivas que lhes dá sustentação. O conhecimento pode Ter função de libertação
ou de opressão. O conhecimento pode ser libertador não só de indivíduos como de
grupos humanos. Nos dias atuais, a detenção do conhecimento é um tipo de poder
disputado entre as nações. Contudo o conhecimento pode ser usado como mecanismo
de opressão. Quantas pessoas e nações se utilizam do conhecimento que detêm
para oprimir?
Para discutir estas questões recém citadas, vê-se a
necessidade de instituirmos um novo paradigma para discussão do conhecimento, o
conhecimento moderno, entende-se por conhecimento moderno, a discussão em torno
do conhecimento. É a capacidade de questionar, avaliar parâmetros de toda a
história e reconstruir, inovar e intervir. É válido, que além de discutir os
paradigmas do conhecimento, é necessário avaliar o problema específico do
questionamento científico, fonte imorredoura da inovação, tornada hoje
obsessiva. No entanto, a competência inovadora sem precedentes, pode estar
muito mais a serviço da exclusão, do que da cidadania solidária e da
emancipação humana. O fato de o mercado neo-liberal estar se dando muito bem
com o conhecimento, tem afastado a escola e a universidade das coisas concretas
da vida.
O questionamento sempre foi à alavanca crucial do
conhecimento, sendo que para mudar alguma coisa é imprescindível desfazê-la em
parte ou, com parâmetros, desfazê-la totalmente. A lógica do questionar leva a
uma coerência temerária de a tudo desfazer para inovar. Como exemplo a
informática, onde cada computador novo é feito para ser jogado fora,
literalmente morre de véspera e não sendo possível imaginar um computador
final, eterno. E é neste foco que se nos apegarmos á instagnação, também iremos
para o lixo. Podemos então afirmar a reconstrução provisória dentro do ponto de
vista desconstrutivo, pois tudo que existe hoje será objeto de questionamento,
e quem sabe mudanças. O questionamento é assim passível de ser questionado,
quando cria um ambiente desfavorável ao homem e à natureza.
É importante conciliarmos o conhecimento com outras
virtudes essenciais para o saber humano, como a sensibilidade popular, bom
senso, sabedoria, experiência de vida, ética etc. Conhecer é comunicar-se,
interagir com diferentes perspetivas e modos de compreensão, inovando e
modificando a realidade.
A relação entre conhecimento e democracia,
modernamente, caracteriza-se como uma relação intrínseca, o poder do
conhecimento se impõe através de varias formas de dominação: econômica,
política, social etc. A diferença entre pobres e ricos, é determinada pelo fato
de se deter ou não conhecimento, já que o acesso à renda define as chances das
pessoas e sociedades, cada vez mais, estas chances serão definidas pelo acesso
ao conhecimento. Convencionou-se que em liderança política é indispensável
nível superior. E no topo da pirâmide social encontramos o conhecimento como o
fator diferencial.
É inimaginável o progresso técnico que o conhecimento
pode nos proporcionar, como é facilmente imaginável o risco da destruição
total. Para equalizar esta distorção, o preço maior é a dificuldade de arrumar
a felicidade que, parceira da sabedoria e do bom senso é muitas vezes
desestabilizada pela soberba do conhecimento.
De forma geral podemos dizer que o conhecimento é o
distintivo principal do ser humano, são virtude e método central de análise e
intervenção da realidade. Também é ideologia com base científica a serviço da
elite e/ ou da corporação dos cientistas, quando isenta de valores. E
finalmente pode ser a perversidade do ser humano, quando é feito e usado para fins
de destruição.
…”
………………..