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"... se Deus não existe, há
pelo menos um ser, no qual a existência precede a essência, um ser que existe
antes de poder ser definido por qualquer conceito, e que este ser é o homem ou,
como diz Heidegger, a realidade humana.
Que significa então que a existência
precede a essência? Significa que o
homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define.
O homem, tal como o concebe o
existencialista, se não é definível, é porque primeiramente é nada. Só depois será, e será tal como a si
próprio se fizer."
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Os
Existencialistas explicam a sua teoria como uma filosofia que explica a vida e
lhe dá sentido,
o
sentido racionalista, quase geométrico na leitura da humanidade, que apenas
encontra razão objetiva em duas versões antagónicas das “filosofias da vida”:
1. No Anarquismo político e social e no
seu caos organizado caracterizado pelo deboche e pelo relaxe total da
organização política e económica do Estado (e das pessoas, naturalmente…);
2. E na religião e no “Estado Religioso” e
no seu determinismo eclético e na geração espontânea das privilegiadas e
empertigadas Classes Sociais.
Os existencialistas explicam-nos que o indivíduo, no princípio, somente tem
a “existência comprovada”; “Com o
passar do tempo ele incorpora a essência em seu ser. Não
existe uma essência pré-determinada”.
“E com esta frase os existencialistas rejeitam a ideia de que há no ser
humano uma alma imutável desde os primórdios da existência até a morte”;
“Esta essência será adquirida através da sua existência, o indivíduo por si só define a sua realidade”.
E “o existencialismo representa a vida como uma série de lutas”;
“As regras sociais são o resultado da tentativa dos homens de planear um projeto funcional; Ou seja, quanto mais estruturada for a sociedade, mais funcional ela deveria ser”.
Ou por outras palavras simples e precisas – “O homem constrói-se, não nasce construído…”.
[….]
Mas as “coisas” poderiam ser assim simples;
(mas não são)
Na nossa atualidade,
aquela em que vivemos numa determinada linguagem humana e necessariamente também geográfica e política, este somatório alinhado de palavras quererá dizer exatamente o quê ??
Haverá comportamentos políticos e sociais inexplicáveis à luz do Racionalismo das ideias e da filosofia ?
É claro e indiscutível de que temos um deficit de filosofia política num tempo em que o monetarismo rege a tomada de decisão na prática política,
(e de outra forma não poderia ser…)
mas como explicar pela filosofia (enquanto ciência humana) a natureza da nossa crise de “valores do dia” que têm, de forma clara, contexto na “agricultura” dos Técnicos de Contas que são os cientistas atuais das ciências económicas e financeiras ??
E a resposta parece ser simples;
A fraude política conduz (também ela por razão tornada racional) ao contexto político de uma ditadura económica pelos ditames das “ciências jurídicas” da lei que regula o colapso económico,
a ruína prematura do Estado materializada na “bancarrota” (por exemplo),
e será o culminar de uma fraude social (na base de uma ideologia esvaziada de conteúdo político) que terá sido inventada na perspetiva rigorosa de uma saga histórica de “Sodoma e Gomorra”;
E talvez por isso mesmo “pátrias” imoladas pelo fogo redentor (e salvador…) da imoralidade política dos “vigaristas” das causas públicas comuns dos “povos e das culturas diferentes”.
(numa espécie de leitura simbólica dramática da recreação das histórias da idade média da nossa humanidade)
E acredito seriamente na probabilidade provável da mitologia ter “aparecido” para auxiliar os filósofos nas suas explicações da vida,
e com sucesso indesmentível nessa perspetiva específica porque o nível do sucesso alcançado na sua metodologia empirista bateu largamente e de forma esmagadora a eficácia da ciência e dos “cientistas” (…).
(palavras ocas impregnadas de sentido visceral)
[….]
Será verdade que a “educação” é considerada “tudo” na história recente da civilização ??…
Então o que estaremos todos a fazer nos nossos dias culturais da contemporaneidade olhando para esta questão política presente com uma metodologia racional em quantidade apenas QB ??...
Uma solução possível (operacional e em modelo indesmentível) seria considerar ser a educação muito pouco…
(ou talvez antes pouca coisa de jeito…)
E nesse caso singelo “Criar e Educar” quererá dizer o quê ??
(concretamente)
O Caos Anunciado será a salvação prometida e redentora (de emergência) nas mensagens “bíblicas” dos líderes “vip_erinos” desta epopeia mediática ??
A hipótese parece ser ridícula,
porque como constatação prática o problema parece ser enormemente imberbe e inverosímil;
(embora apenas em modo de interpretação estritamente racional…)
E talvez seja inteligente o raciocínio de que a interpretação científica destes epifenómenos poderá sempre ficar para depois,
porque nesse caso sempre se ganha em segurança o que se perde em justiça.
[….]
Eu entendo-me (nas minhas conversas solitárias com a minha alma) como um cidadão profundamente existencialista mas não menos católico apostólico romano,
o que, aparentemente, poderá parecer antagónico;
Mas não é !!
E o raciocínio tem duas razões principais:
1.
Porque cada um de nós constrói a sua
realidade pessoal nos “campos” em que se sente mais confortável, e portanto,
aqueles “valores epistemológicos” não podem ser antagónicos para quem os
professa;
2.
E porque um católico “normal”
constrói a sua fé na prática quotidiana da sua religiosidade, sendo por isso
mesmo (e nessa perspetiva) o modelo de católico em que acreditar ser de facto.
E ainda (por outro lado), o existencialismo acaba por ser em si uma religião e uma prática de fé atacada ferozmente pela natureza selvagem dos “naturalistas políticos” na sua versão laica e profunda de uma genealogia social altiva construída de raiz num labirinto de “identidades mitológicas” (…).
(e talvez “andrógenas”…)
Acredito que a fé e a religião unem e consolidam as ligações frágeis entre as pessoas diferentes nas escolhas dos seus desígnios pessoais de vida (políticos ou não) e,
mais sério ainda,
enquanto instituição antiga a religião mantém-se uma ilha respeitada no seio do radicalismo do espectro comportamental das “civilizações” diferentes.
Poderá, portanto, a religião unir o que Deus separou à nascença ???
Julgo que sim !!
Pelo menos será a única esperança viável e possível para tal utopia redentora da humanidade;
E só a Experiência Existencialista poderá (de forma complementar) encorpar de forma cerebrada e justificar a natureza da filosofia espiritual das diferentes (nossas) vidas e dos diferentes rumos por elas indiciado.
Ou, por palavras diferentes, o Existencialismo é (de facto) um Humanismo (!!).
(comprovado)
[…..]
Pós-Escrito:
“O que é (na verdade) a Humanidade ??”
“O que é a Civilização ??”
“O que é o Complexo Industrial-Militar de um Estado/Nação ??”
“Qual é o (nosso) futuro destas realidades “mitológicas” ??”
(……)